Alexandra Hisayasu e Marcelo Godoy
A Gangue pretendia usar mesma estratégia de ataque a empresas de valores para fuga; agentes da ROTA se deslocaram para Presidente Prudente.
Agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), grupo de elite da Polícia Militar, se deslocaram nesta segunda-feira, 24, para Presidente Prudente, no interior do Estado, após uma investigação apontar que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) pretendiam resgatar o seu líder Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Os arredores do presídio da cidade onde ele está preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) tiveram segurança reforçada.
O Estado apurou que a investigação descobriu que o PCC pretendia usar a mesma estratégia dos ataques às empresas de transporte de valores. O grupo fecharia com veículos ruas de acesso ao presídio e jogaria na via pregos para retardar a chegada da polícia. Homens armados com fuzis e metralhadora ponto 50 teriam a missão de matar agentes de segurança da penitenciária e detonariam explosivos para derrubar as muralhas.
Quando descoberto o plano, foi determinado que a ROTA fosse até a cidade – os agentes chegaram na sexta-feira, de madrugada. Para a proteção, policiais contavam com fuzis IA2, de última geração. Outros grupos da PM, como o de Operações Especiais (GATE) e o Comando de Operações Especiais (COE), entraram em alerta e podem ser deslocados a qualquer momento.
A cúpula do PCC, incluindo Marcola, planejou o resgate por medo de transferência para presídios federais. Marcola está no RDD com outros 12 líderes da gangue por determinação judicial. Uma investigação apontou que pelo menos 30 advogados atuavam como “funcionários” do crime organizado, repassando ordens da cúpula a subordinados, de dentro da cadeia, e usando contas bancárias para lavagem de dinheiro.
Em 2014, investigação das Polícias Civil e Militar com o Ministério Público descobriu plano do PCC para resgatar Marcola. O grupo pretendia usar até helicópteros e fugir para o Paraguai