Mike Joseph
Um pastor belga malinois tornou-se o primeiro cão de trabalho militar homenageado pelo 341º Esquadrão de Treinamento, por suas ações heroicas em uma unidade das Forças Especiais dos EUA no Afeganistão.
Layka, uma fêmea de quase três anos, foi homenageada no dia 12 de setembro na Base Conjunta de San Antonio em Lackland, no Texas, por ter salvado vários membros da equipe das Forças de Coalizão durante uma missão de operações especiais no dia 4 de junho.
Ela havia sido enviada para retirar os explosivos de um prédio e ajudar a procurar combatentes inimigos após uma breve troca de tiros.
Enquanto procurava, a cadela foi apanhada em uma emboscada por um dos agressores. Layka sofreu vários ferimentos a bala no abdômen e em uma das patas, que mais tarde precisou ser amputada.
Gravemente ferida, ela atacou e dominou o agressor, protegendo as vidas de seu tratador e de outros membros da equipe de coalizão que estavam atrás.
Com a área protegida, o tratador de Layka e o assistente de um médico começaram a tratar da cadela ferida. Layka foi então enviada para um hospital da base para a primeira de diversas cirurgias, perdendo a pata dianteira direita. Ela chegou a San Antonio no início de julho para reabilitação no Hospital Veterinário Militar Daniel Holland.
“Nós nunca fizemos isto antes, mas queríamos agradecer a Layka”, disse o Major Jason Harris, comandante do 341º TRS, que outorgou ao cão uma medalha de heroísmo da organização principal da unidade, o 37º Grupo de Treinamento.
O esquadrão fornece cães militares treinados para patrulhamento, detecção de drogas e explosivos e outras funções de missões especializadas do Departamento de Defesa e outras agências do governo.
“A medalha não é oficial porque não existem condecorações para cães treinados militares, mas achamos que Layka merecia esse reconhecimento”, disse Harris. “O que esses cães fazem, dia após dia, é fenomenal. Eles salvam vidas.”
“Layka foi ferida a bala e ainda atacou a pessoa que atirou nela. Ela fez muito e foi um ato de heroísmo”.
Depois da cerimônia, Layka foi enviada à Geórgia para se juntar a seu tratador, que ainda está em serviço.
Não podendo mais servir devido aos ferimentos, Layka foi adotada por seu tratador, que não pode ser identificado por questões de segurança.
“Ele está muito ansioso por recebê-la e grato por ter podido contar com ela naquele dia (no Afeganistão)”, disse Harris. “Layka tem um forte instinto protetor com seu tratador, o que a levou a fazer o que fez”.
O Segundo-Sargento Joseph Null, coordenador das adoções de cães de trabalho do 341º TRS, disse que esses animais têm um valor inestimável para as Forças Armadas.
“Ela surpreendeu o terrorista, que estava prestes a atirar contra a equipe. Eu ouvi de pessoas da missão que se Layka não tivesse reagido como reagiu, haveria provavelmente muitas baixas”, disse Null. “Layka merecia o reconhecimento por seu sacrifício”.