O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pediu nesta quinta-feira (18) ao governo federal a prorrogação da permanência do Exército no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte. O pedido foi feito em Brasília, durante uma reunião com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e da Defesa, Celso Amorim.
O encontro, que durou mais de uma hora, também contou com a participação do secretário de Segurança José Mariano Beltrame. O pedido vai ser analisado pelo governo, que já tinha autorizado a permanência das tropas até o fim do mês. Uma nova reunião está marcada para o dia 30 de dezembro, em Brasília.
Um soldado morto
Em novembro deste ano, um cabo do Exército foi baleado na cabeça enquanto fazia um patrulhamento no Conjunto de Favelas da Maré. Michel Augusto Mikami tinha 21 anos e era de Vinhedo, no interior de São Paulo.
Na ocasião, o governador Luiz Fernando Pezão lamentou a morte do militar e reafirmou que o seguiria firme no processo de ocupação das favelas. A presidente Dilma Rousseff também se manifestou através de nota. O comunicado ressaltou que o militar "morreu no cumprimento do dever, na missão de pacificação empreendida pelo Exército Brasileiro".
Ocupação desde abril
A Força de Pacificação está na Maré desde o dia 5 de abril, quando 2,7 mil militares ocuparam 15 comunidades do conjunto de favelas. Mas os confrontos têm sido frequentes. Desde o início da ocupação, mais de 400 pessoas foram presas e 158 menores apreendidos. Nas operações de combate ao tráfico, além de drogas, os militares também apreenderam veículos, motos, armamento e munição.