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Militares têm até o fim do mês para definir estruturas estratégicas da Copa das Confederações

Nota DefesaNet

Para a definição das responsabilidades acesse:  MD – Portaria 2221 Grandes Eventos Íntegra Link

O Editor

Rio de Janeiro, 06/03/2013 – Os coordenadores de Defesa de Área (CDAs) das seis cidades-sede da Copa das Confederações devem apresentar, até o fim de março, a lista de estruturas estratégicas que será submetida ao crivo da presidenta Dilma Rousseff. A medida tem por objetivo definir os principais pontos a serem monitorados pelas Forças Armadas ante possível “ataque” que coloque em risco a realização da competição esportiva promovida pela Fifa.

As diretrizes foram transmitidas ontem (5) durante reunião no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), na capital fluminense. Por orientação do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, os oficiais-generais apontarão os locais que deverão ser monitorados. Os militares estarão atentos, por exemplo, a estruturas de telecomunicações, transportes e energia elétrica.

A reunião dos CDAs serviu também para que cada coordenador detalhasse sobre a mobilização do aparato e a montagem dos centros de comando e controle. De acordo com as informações transmitidas, Marinha, Exército e Aeronáutica devem mobilizar cerca de 20 mil militares que estarão na linha de frente dos eventos ou integrando a força de contingenciamento. Os comandantes terão também o instrumento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que pode ser utilizado em caso de necessidade.

“Ao contrário daquilo que ocorreu na Rio+20 [Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável], na Copa das Confederações não teremos a exposição militar nas ruas. Até porque isso é uma determinação da Fifa que terá a vigilância privada nos estádios e a participação da segurança pública estaduais. Cuidaremos apenas da infraestrutura crítica e do combate ao terrorismo e guerra cibernética”, explicou o general De Nardi.

Estruturas estratégicas

O assessor especial para grandes eventos do Ministério da Defesa, general Jamil Megid, explicou que o Ministério de Minas e Energia, por exemplo, já tomou iniciativa de se reunir com as diretorias das concessionárias de energia elétrica que abastecem as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro(RJ) e Salvador (BA) para transmitir as orientações referentes ao fornecimento de eletricidade. Ficou decidido também que as empresas devem manter seguranças privados no planejamento e somente receberão o suporte do aparato militar caso haja emergência.

De acordo com os relatos apresentados pelos coordenadores, nas sedes de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador há pouco risco de incidente. As cidades do Recife e do Rio de Janeiro deverão merecer atenção especial. A capital pernambucana em função de manifestações de trabalhadores rurais sem terra (MST) e o Rio pelo fato de que ao encerramento da Copa das Confederações entrará no ritmo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Mesmo assim, os generais Marcelo Flávio Oliveira Aguiar e José Alberto da Costa Abreu, respectivamente coordenadores do Recife e do Rio, estão otimistas sobre a realização dos jogos. “A copa das Confederações será um grande teste para a visita do Papa”, explicou o general Abreu. “No Recife, estaremos prontos para receber as três partidas da Copa das Confederações”, assegurou o general Aguiar.

Calendário da Copa

A partir da lista de locais que devem ser protegidos pelas Forças Armadas, o EMCFA produzirá Exposição de Motivos a ser levada à presidenta Dilma, em meados de abril, para que conceda os instrumentos visando a execução do plano de segurança da Copa das Confederações. Com isso, os coordenadores de área poderão concluir o planejamento para o evento.

Durante a reunião dos CDAs foram repassadas as ações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para as cidades-sede. O encontro teve exposição sobre combate ao terrorismo e defesa cibernética. O general Marco Antonio Freire, comandante da Brigada de Operações Especiais, sediada em Goiânia (GO), e o general José Carlos dos Santos, chefe do Centro de Defesa Cibernética, explanaram  sobre as participações dos setores no evento.

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