Agência DefesaNet
09/12/2020
No recente pleito eleitoral de 2020, ao menos 84 candidatos a cargos de prefeitos e vereadores foram assassinados no Brasil, segundo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). Estima-se que pelo menos outros 80 políticos tenham sofrido tentativas de homicídio. Se preferirmos não registrar as outras formas de violência, ameaças e constragimentos ilegais e contabilizar tão somente os crimes violentos letais intencionais (CVLI) perpetrados contra políticos, o período de campanha eleitoral de 2020 representou uma morte de candidato a cada 3 dias.
O Delegado de Polícia Federal Eugênio Ricas destacou em recente artigo no jornal “A Tribuna” a gravidade destes números, e destaca uma face ainda mais assustadora deste crescente problema de segurança pública. Em sua análise o ex-Diretor de Investigações da PF, ex-Secretário da Justiça e de Controle do Espírito Santo, e atual adido da Polícia Federal nos Estados Unidos da América, racionaliza o problema em duas hipóteses, ambas devastadoras para a democracia:
– uma, seria a eliminação violenta de adversários políticos por conta de um combate ideológico que deixa a arena das urnas e das discussões político-progamáticas, e envereda criminosamente pela imposição das ideias pela fina força, e,
– a outra hipótese, talvez mais provável em escala como também pela similaridade com partes do mundo em que o fenômeno é mais frequente, como em algumas cidades na Colômbia e no México, a infiltração de organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e às narcomilícias tem por objetivo influenciar o resultados das eleições a fim de obter poder e favorecimento.
Para discutir este tema tão delicado e que representa grave ameaça à liberdade de sufrágio e o futuro de uma Nação livre, é que a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – Delegacia no Ceará (ADESG/CE), e o Instituto CTEM+ convidam dentro do Ciclo de Palestras CIDADANIA-DEFESA-DESENVOLVIMENTO: “Qual o papel do cidadão na construção de um Brasil forte?”, o Delegado de Polícia Federal, Dr. Eugênio Ricas, para debater sobre o “FUTURO DEMOCRÁTICO DO BRASIL: INFLUÊNCIA DO NARCOPODER NO PROCESSO ELEITORAL E A AMEAÇA AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO”.
A palestra virtual será transmitida ao vivo na quinta-feira, dia 10 de dezembro, a partir das 19 horas, e pode ser acessada pelo link curto tny.sh/ADESGCE6 ou pelo canais da Agência de Notícias DefesaNet, como nesta página diretamente.
O Ciclo de Palestras CIDADANIA-DEFESA-DESENVOLVIMENTO está disponível com todas as suas lives de 2020, no canal da ADESG Ceará no YouTube, e é um conjunto de eventos que já têm se consagrado como efetiva contribuição à discussão e compreensão do Poder Nacional como base determinante à construção do País que queremos.
A Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 07 de dezembro de 1951, considerada de utilidade pública pelo decreto nº 36.359, de 21 de outubro de 1954, registrada no Ministério da Educação. Possui a sua sede central no Rio de Janeiro, Delegacias em todas as capitais e representações nas principais cidades do interior do país.
O Instituto CTEM+ é uma organização privada de alta tecnologia, sem fins lucrativos, focada na abordagem multidisciplinar para oferecer soluções inovadoras aplicadas a projetos de interesse do Brasil, nos termos de seu estatuto.
O Instituto CTEM+, além de um think tank com reconhecimento internacional, é um instituto de ciência, tecnologia e inovação com atuação em áreas estratégicas de interesse nacional. O Instituto CTEM+ tem por objetivo, além do fortalecimento da expressão científica e tecnológica do Poder Nacional em áreas de tecnologias críticas, a missão de difundir os conceitos doutrinários da Escola Superior de Guerra, apoiar as Forças Armadas, o Sistema Brasileiro de Inteligência, as Forças de Segurança Pública, e os órgãos ligados ao desenvolvimento sustentável, por meio da realização de atividades afins, assim como objetivos educacionais destinados ao fortalecimento do Brasil.