Ministério da Justiça disse que o Brasil está trocando informações com outros países, para identificar possíveis perigos externos que possam pôr em risco a segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ser realizada de 23 a 28 de julho, segundo informou o site G1. Uma das principais preocupações é a grande quantidade de pessoas esperadas para o evento (2,5 milhões), o que exigirá um esforço de inteligência para detectar ameaças terroristas.
De acordo com o site, o atentado na maratona de Boston, no mês passado, teria acendido o sinal de alerta no governo brasileiro, que mantém conversas também com os Estados Unidos.Segundo a Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos (Sesge), do ministério, 60 agentes da Polícia Federal estarão envolvidos diretamente na segurança do Papa Francisco. Entre eles, há atiradores de elite e um policial com treinamento especial para proteger pessoas, que ficará junto ao Papa até durante as missas, num esquema parecido com o colocado em prática durante a visita do presidente americano Barack Obama ao Brasil, em 2011.
Os policiais vão assumir a segurança do Papa já na chegada dele à Base Aérea do Galeão e o acompanharão até nos trajetos feitos em helicópteros das Forças Armadas. Além da PF, o policiamento ostensivo nas ruas será reforçado por 1.700 agentes da Força Nacional de Segurança, 12.500 integrantes das Forças Armadas e policiais rodoviários federais. Já a Secretaria de Segurança do Rio informou que empregará todo o seu efetivo no policiamento. Agentes de outros municípios podem reforçar o patrulhamento na capital. Férias, licenças e cursos estão sendo suspensos para o período da jornada.
– Provavelmente será a operação mais complexa de segurança que vamos realizar no Rio, aproximando-se do que serão as Olimpíadas – disse Roberto Alzir, subsecretário de Grandes Eventos da Secretaria de Segurança.
Jovens se reúnem no Rio
Enquanto isso, os eventos que precedem a jornada ganham fôlego. No fim de semana, mais de 200 pessoas participaram do Encontro de Jovens com Cristo (EJC), no Colégio São Paulo, no Arpoador. O evento, que acontece duas vezes ao ano, foi organizado pelos jovens da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Dessa vez, além de palestras e apresentações teatrais, foi aberto um espaço para a discussão de ideias e ações para a JMJ.
– A cada edição, temos em média cem novos jovens integrando o grupo. Este ano, abrimos mais vagas justamente por causa da jornada – afirmou João Rampino, um dos jovens dirigentes do encontro, cujo cicerone foi o padre Jorjão, que celebra missas na Nossa Senhora da Paz há quase 20 anos.
No fim, o grupo seguiu em procissão pela orla, do Colégio São Paulo até a paróquia. A missa de encerramento foi celebrada pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta.