André Luís Woloszyn
Analista de Assuntos Estratégicos, especialista em conflitos de baixa e média intensidade. alwi.war@gmail.com
O fenômeno de expansão das organizações crimonosas ligadas ao narcotráfico, tráfico de armas e crimes conexos em todas as unidades federativas com ramificações em alguns países da América Latina, é uma realidade incômoda para as autoridades brasileiras. E, estas, tradicionalmente, se limitam a observar as ações e buscar acordos com as lideranças por meio do atendimento de algumas imposições, geralmente, ligadas ao sistema prisional.
Quando tais ações se tornam insustentáveis à imagem institucional do poder político local, solicitam ao Presidente da República, as Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que envolvem as Forças Armadas, repassando a esta, parcela da responsabilidade sobre o problema.
Enquanto isso, as organizações por vezes subestimadas em sua capacidade de planejamento e coordenação, utilizam estratégias de fortalecimento e ampliam sua rede de influência além de novas táticas de enfrentamento como observamos recentemente no estado do Ceará, onde evitaram o confronto direto com as forças policiais optando pelo combate subterrâneo, termo antigamento usado na Guerra Revolucionária e no terrorismo de natureza separatista, nas décadas de 60 à 70.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) por exemplo, é a segunda maior organização criminosa do Continente Americano, perdendo apenas para a Mara Salvatrucha ou MS-13, com origem em El Salvador e atuação na América Central e EUA. Ambas são responsáveis por 65% dos homicídios em seus países e possuem o mesmo tipo de negócio ilegal.
Recentemente, autoridades norte-americanas divulgaram a existência de uma ramificação brasileira, formada por imigrantes ilegais e denominada Primeiro Comando de Massachusets (PCM), reponsável por assaltos, roubos, tráfico de drogas e de armas, especialmente, na cidade de Boston.
A organização, foi monitorada pelo FBI por um ano e desmantelada com nove brasileiros presos, tidos como lideranças, e já condenados pela justiça daquele país a penas de 40 anos de prisão, sem direito a condicional.
Todavia, apesar das prisões, luzes de alerta foram acessas. As maiores organizações que atuam nos EUA tiveram origem na imigração ilegal e atualmente dominam as prisões norte-americanas com elevado grau de violência.
Mesmo que esta facção não seja, necessariamente, uma ramificação planejada pelas lideranças do PCC na estratégia de ampliar seu território, apenas ideia de um grupo criminoso simpatizante, não está descartada a hipótese de que o PCC tenha como objetivo atuar em território dos EUA, contexto que acarretará em aumento nos crimes violentos e superlotação em estabelecimentos penais.
MASSACHUSETTS LIVE Primeiro Comando da Massachusetts gang members busted in sting; accused of robberies, kidnapping
By Scott J. Croteau | scroteau@masslive.com Posted 25 April 2019
Fourteen members and associates of the Primeiro Comando da Massachusetts gang were charged in federal court with committing violent crimes in Massachusetts including the kidnapping of a young woman, the U.S. Attorney’s Office announced.
Authorities said federal, state and local law enforcement began investigating the gang, which has Brazilian origins, in September 2018. The gang first appeared in Massachusetts roughly two years ago.
“It is alleged that members and associates of PCM are actively involved in violent crimes including the illegal sale of firearms, drug trafficking, robberies, kidnappings and armed assaults in numerous communities in Massachusetts, including Boston, Malden, Everett, Somerville, Framingham and Peabody, among others,” the U.S. Attorney’s Office said. “During the investigation, law enforcement seized 31 firearms, including 27 handguns, two sawed-off shotguns, one shotgun, one rifle and several hundred rounds of ammunition.” The gang became a focus of law enforcement after investigators discovered gun trafficking in communities north of Boston, federal records said. Investigators located PCM members and associates in Malden, Revere, Everett, Somerville, Boston, Marlborough, Weymouth, Framingham, Peabody, Maynard, Lowell, Chelsea and Abington, authorities said. Members of the gang have obtained guns and drugs in other states including New Jersey and committed crimes outside of Massachusetts, federal records said. The gang makes their money dealing cocaine, heroin and marijuana but also commit robberies, armed assault and kidnappings, the U.S. Attorney’s Office said. The gang also amassed weapons, records said. Records show an undercover agent was able to record a meeting with Marcio Costa, the alleged leader of the gang. Federal court records detail alleged drug deals and robberies of people and stores at gunpoint in Everett, Framingham, Stoughton, Weymouth, and Marlborough. Gang members also are accused of kidnapping a young female in February. They allegedly lured the juvenile female out of a home in Peabody then held her at gunpoint in Maynard. The female was targeted in order to get to a rival gang member, the ATF agent wrote in his affidavit. Federal records also detail gun deals conducted by the gang last year and this year. The following people were arrested:
In addition to the 14 charged criminally, four individuals were arrested administratively by ICE Thursday.
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