As forças especiais americanas implementadas em todo o mundo estão em seu menor nível desde 2001, disse seu chefe Richard Clarke nesta quinta-feira (25) em Washington.
"Hoje temos quase 5.000 efetivos das forças especiais em 62 países", afirmou Clarke em um documento publicado à margem de uma audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado.
Esse número representa uma queda de 15% em relação ao ano passado e é o menor desde 2001, segundo o documento.
Segundo Clarke, as forças especiais – que incluem unidades de elite do Exército ("boinas verdes"), a Marinha (Navy Seals), os fuzileiros navais e a Força Aérea – vão se reposicionar na Ásia, de acordo com a estratégia militar americana na China e Rússia, após 20 anos de combate ao extremismo islâmico.
"Em 2021, quase 40% da nossa força implantada estará focada na competição de grandes potências", disse.
Os Estados Unidos nunca divulgam a quantidade de forças especiais enviadas para cada país. Esses soldados de elite costumam rodar por países que sofrem instabilidade, como a Líbia ou recentemente a Somália.
O ex-presidente Donald Trump, que desejava acabar com as "guerras intermináveis", decidiu no final de seu mandato em dezembro retirar a "maioria" dos soldados de elite da Somália, depois de acelerar a retirada no Afeganistão e Iraque.
Ao chegar à Casa Branca, o presidente Joe Biden limitou o uso de ataques com drones por parte do Exército americano contra grupos extremistas fora do Afeganistão, Síria e Iraque.
Enquanto Trump deu carta branca aos militares em países como Somália e Líbia, qualquer ataque planejado contra grupos extremistas em países como esses agora está sujeito à Casa Branca antes de ser executado.