Publicado Dialogo US Southcom 24 Janeiro 2012
Bolívia e Estados Unidos assinaram seu primeiro acordo de cooperação antidrogas depois de mais de três anos de afastamento diplomático que levou as relações bilaterais a seu nível histórico mais baixo.
O acordo, que prevê o estabelecimento de um novo mecanismo de controle dos cultivos ilegais de coca, matéria-prima da cocaína, foi complementado com um outro assinado simultaneamente entre La Paz e Brasília, pouco mais de dois meses depois que Bolívia e Estados Unidos decidiram normalizar suas relações.
Os Estados Unidos fornecerão equipamentos e treinamento para a análise de imagens e outros dados que serão obtidos pelo Brasil, e a Bolívia realizará o trabalho de campo.
“Este projeto trilateral tem como prioridade fortalecer a cooperação internacional na luta contra o narcotráfico sob o princípio da responsabilidade compartilhada”, segundo um comunicado conjunto divulgado pela internet após o ato de assinatura realizado a portas fechadas na chancelaria boliviana.
O documento não forneceu detalhes sobre a duração ou o custo do projeto, do qual também participarão as Nações Unidas. Tampouco mencionou o possível uso de aeronaves não tripuladas para o controle do narcotráfico, o que vinha sendo mencionado insistentemente desde o anúncio da assinatura dos acordos, há cerca de seis meses.
A cooperação contra o narcotráfico entre Bolívia e Estados Unidos havia sido reduzida ao mínimo depois que o presidente Evo Morales expulsou, no segundo semestre de 2008, o embaixador norte-americano e a Agência Antidrogas dos EUA, acusando-os de ingerência política. Washington respondeu expulsando o embaixador boliviano.