O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou nesta quarta-feira que a atuação das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 será feita por aproximadamente 41 mil militares, sendo cerca de 21 mil deles, no Rio de Janeiro. A afirmação foi feita durante coletiva à imprensa no Comando Militar do Leste (CML), que contou com as presenças do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA), almirante Ademir Sobrinho e do Coordenador Geral de Defesa de Área (CGDA), general Fernando Azevedo.
O ministro da Defesa explicou que o aumento no número de militares – antes eram cerca de 38 mil, sendo aproximadamente 18 mil no Rio – será feito para atender à solicitação que o governo do Rio fez à Presidência da República. Ao detalhar toda a atuação da Defesa no esforço de segurança para os Jogos, Jungmann destacou que todos os efetivos estão prontos para entrar em ação e assegurar um ambiente tranquilo na capital fluminense. “Também temos uma reserva técnica para suprir qualquer necessidade que se apresente.
Não faltará dispositivo de Defesa e Segurança, efetividade, presença e ostensividade para garantir tranquilidade na realização das Olimpíadas”, disse. “Nós teremos um esquema de segurança e inteligência que atende a todos os pré-requisitos que o Comitê Olímpico Internacional nos delegou, em todas as áreas, em todas as esferas, dentro e fora das arenas”, afirmou o ministro.
A mesma garantia foi reforçada pelo ministro da Justiça, que ressaltou a importância de todos os órgãos envolvidos na segurança – sejam eles da esfera federal, estadual ou municipal – estarem atuando de forma conjunta. “O grande legado dos Jogos Olímpicos, no que diz respeito à Segurança Nacional, será essa atuação integrada.
É isso o que vai garantir a total tranqüilidade dos Jogos”, disse o ministro, lembrando do total apoio do Governo Federal, com o aporte de recursos para sanar as dificuldades no estado do Rio.
A atuação da Defesa em apoio ao pedido feito pelo governo fluminense será feita nas chamadas rotas olímpicas, que são vias consideradas prioritárias pela prefeitura do Rio.
O esforço de segurança será feito em vias expressas, como Linha Vermelha, alguns trechos da Linha Amarela e da Avenida Brasil, no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na orla de bairros da Zona Sul, além de alguns terminais ferroviários. “Nós vamos ampliar a nossa atuação, que inicialmente era de Força de Contingência, mas, não em substituição aos órgãos de Segurança Pública, e sim, em complemento ao trabalho deles”, explicou o general Fernando Azevedo, responsável por todas as ações de Defesa no Rio.
Defesa Nacional
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, fez uma apresentação detalhando como será a atuação do eixo de Defesa Nacional, com ações como proteção de estruturas estratégicas, enfrentamento ao terrorismo e defesas marítima e aérea.
O almirante lembrou que o planejamento de segurança para os Jogos Olímpicos vêm sendo colocado em prática no Brasil desde 2007, com a realização de diversos grandes eventos, como os Jogos Pan-americanos, a Copa das Confederações de 2013, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a Copa do Mundo de 2014.
“O planejamento dos Jogos Olímpicos é o coroamento do planejamento de todos os outros grandes eventos que já ocorreram no Brasil. Nós fomos aprimorando a integração entre Defesa, Inteligência e Segurança Pública e, hoje, podemos assegurar que estamos totalmente integrados”, afirmou.