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Copa vai ter ‘tropa de choque invisível’

Uma tropa de choque invisível vai atuar nos jogos da Copa do Mundo em São Paulo. A Polícia Militar vai testar o novo modelo de segurança no domingo, durante o Campeonato Brasileiro. Uma companhia inteira do comando de policiamento da Copa ficará escondida no estádio, em uma área separada, chamada "sala de segurança", que também receberá policiais e militares do Exército especializados em ações antiterrorismo.

A Fifa tinha intenção de manter apenas a segurança privada nos eventos, mas acabou permitindo que os policiais militares ficassem de prontidão nos estádios. Além de policiais especializados no controle de distúrbios civis, o esquadrão antibombas da PM também vai atuar.

A estreia da "tropa invisível" será no primeiro jogo oficial da Arena Corinthians, entre o time dono do estádio e o Figueirense. Estão previstos 40 mil torcedores. O esquema de vigilância será uma versão reduzida daquele que deve ser usado na Copa, mas servirá para acertar a estratégia de segurança adaptada para o Mundial no Brasil.

No domingo, o 2.º Batalhão de Choque, especializado em distúrbios civis e grandes eventos, vai mobilizar 160 homens, que reforçarão a segurança do Itaquerão, além do Corpo de Bombeiros. Cinquenta PMs ficarão em salas espalhadas em diferentes níveis do estádio, prontos para agir caso os "stewards", os agentes contratados pela Fifa para evitar conflitos, não deem conta do recado.

Os últimos acertos para a entrada da PM no Itaquerão foram feitos em reuniões nesta semana, após a liberação dos alvarás dos jogos. Outra força de segurança que também deverá ocupar uma das salas de segurança do Itaquerão será o Exército. As Forças Armadas devem levar uma tropa que enfrentará qualquer ameaça de ataque biológico, químico ou nuclear.

Do lado de fora, ficará o patrulhamento já esperado da PM em jogos comuns. Os policiais acompanharão a entrada de torcedores, a checagem de bilhetes e revistas feitas pela equipe da Fifa. Nesses acessos e nas chegadas das torcidas, os PMs ficarão "visíveis".

"Nós sempre planejamos ter uma tropa reserva para um momento de crise", diz o capitão Alexandre Vilariço. "O que vai ser diferente é que agora o controle inicial será feito pelo comitê organizador local. Nós teríamos legalmente de estar lá para um jogo do Campeonato Brasileiro. Para a Copa, houve uma discussão muito grande."

Segundo Vilariço, o modelo de segurança da Fifa não é estanque e foi adaptado para o Brasil. Na África do Sul, onde houve uma greve das empresas de segurança, a polícia assumiu o comando. Na Alemanha também houve a presença de policiais.

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