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Brigada Militar – Baixa em Ação

 

Roger Silva
Gaucha Zero Hora

A égua Justiceira, 19 anos, acompanhava o batalhão montado da Brigada Militar que trabalhou em Inter e Tolima quando sofreu um mal súbito e morreu. A cena da agitação e queda do animal chamou a atenção de quem passava na área do pátio entre o edifício-garagem e o portão 1 do Beira-Rio, por volta das 19h30min desta quarta-feira (26FEV2020).

A égua pertencia ao 4º Regimento de Cavalaria da Brigada Militar há 14 anos. O subcomandante do regimento, major Luiz Felipe dos Santos, conta que em 2021 começariam a pensar em aposentar o animal por completar 15 anos de serviços prestados.

Segundo o oficial, Justiceira e todos cavalos da corporação passam por uma checagem veterinária em dias de trabalho. Ela passou a quarta-feira em condições perfeitas de saúde:

— Tenho 20 anos lidando com animais, e esta é a segunda vez que vejo um cavalo falecer assim, do nada. A suspeita é que tenha sido algo no coração, mas dependemos do laudo veterinário — comentou.

— A gente fica sentido, porque se afeiçoa pelo animal. São nossos companheiros de trabalho, nos acostumamos e confiamos uns nos outros. Até quem não convivia com ela fica sensibilizado — lamentou major.

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A Brigada Militar fez uma postagem sobre a morte de Justiceira no perfil oficial da corporação no Instagram. Segundo a publicação, a égua trabalhou por mais de quatro anos com o sargento Negreiros, que se aposentou há uma semana.


“Grandes chances de (ser) um caso de ‘síndrome do coração partido’”, diz o texto, acompanhado de fotos do animal. Uma delas mostra o soldado Alves chorando a morte de Justiceira.
 

Texto do Instagram da Brigada Militar

Tombou a Justiceira, égua valente do 4º Regimento de Polícia Montada. Cumpriu de forma exemplar com seu dever, e tombou em serviço, próximo ao estádio Beira Rio, na noite de hoje. Seu parceiro de longa data, o sargento Negreiros, com quem trabalhou por mais de quatro anos, aposentou-se há apenas uma semana… grandes chances de um caso de “síndrome do coração partido”… vai em paz, Justiceira, e recebe a continência de cada brigadiano, seja ele da cavalaria ou não. Na foto de hoje, de Max Peixoto @maxpeixoto91, o soldado Alves pranteia a morte da égua… nas demais, a homenagem do seu antigo dupla, que também lamentou a perda da veterana, após 18 anos de excelentes serviços prestados.
 

 “Quando morre um cavalo
   Até o céu fica nublado
  Uma cruz marca a coxilha
   E o dono sofre calado”
 (Chiquito e Bordoneio)

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