Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet
Foi apresentado pela Presidente Dilma Rousseff e demais autoridades o Relatório “Ações e Efetivo do Governo Federal Balanço Prévio da Copa”, na tarde de segunda-feira (14JUL14), no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), Brasília DF.
Deste relatório, composto de mais de 80 páginas, DefesaNet extraiu interessantes dados que não foram mencionados no noticiário diário.
Inteligência – Além das atividades mantidas em sigilo, a única tornada pública pelo resultado, foi a prisão de vários ativistas às vésperas da final da Copa. Os números dos envolvidos na área de inteligência chama a atenção, sendo 900 pessoas, que estiveram trabalhando na área (incluindo ABIN, DPF e órgãos Militares). Ao todo foram analisados 450.000 antecedentes, o que foi uma tarefa gigantesca.
Defesa – A área que teve o maior contingente de pessoal e equipamentos participando foi a mais discreta e quase invisível. As Forças de Defesa agiram de forma subsidiária dando apoio às áreas de segurança, inteligência, funcionando como um “backbone” (esqueleto).
Fato relevante foi o Decreto 8265, foi regulamentada a Lei Nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 – Código Brasileiro de Aeronáutica, no tocante às aeronaves sujeitas à medida de destruição, no período de 12 de junho a 17 de julho de 2014.
Ver a matéria No primeiro dia da Copa, Força Aérea marca golaço Link
Ao todo participaram de forma oficial 59.532 membros das Forças Armadas. As missões algumas inusitadas como o apoio à Polícia de Federal, proteção do perímetro na Agência de Uruguaiana(RS), ajudando a ordenar o fluxo de ansiosos argentinos entrando no país nas etapas finais da Copa.
Além do monitoramento das rodovias federais.
Coube às Forças Armadas, através do EB, CFN e PA a segurança das seleção brasileira e das demais. Na maioria das vezes a imprensa de forma desatenta ou má intencionada mencionava como Força Nacional de Segurança.
Segurança – A parte mais visível das áreas de controle, aqui expressivamente a participação das Polícias Militares, com 88.772 membros.
Como no item anterior sempre era mencionada a Força Nacional de Segurança, que totalizou os fantásticos inexpressivos números de 800 membros.
Forças auxiliares como Corpos de Bombeiros e áreas de saúde exerceram importante ação nos preparativos e apoio nas área de contaminação QBNR.
VANTS – Uma linha no relatório chama a atenção.
Quantidade de drones apreendidos – 30 |
Não se tem conhecimento do porte e dos objetivos dos usos dos drones apreendidos. Se eram usados por empresas jornalísticas, como era previsto, ou tinham outro objetivo. De qualquer modo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) ainda não regulamentou o emprego de drones no Brasil.
O CICCN – O Centro Integrado de Comando e Controle Nacional
Uma estrutura pouca conhecida na sua complexidade, o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) e o seu controle
Subordinado à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE/MJ), o CICCN foi o coração de uma estrutura distribuída pelas 12 cidades-sede. Em cada capital, funciona um Centro Integrado de Comando e Controle Regional. O Rio de Janeiro abrigou também o Centro Integrado de Comando e Controle Alternativo, de prontidão em caso de indisponibilidade do primeiro. E Brasília foi o local de operação do Centro de Cooperação Policial Internacional .
O CICCN operou desde 13 de junho de 2012, ligado aos centros regionais dos estados que receberam a Copa das Confederações: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. O painel formado pelos 56 monitores integrados está conectado com câmeras, mapas e ferramentas de comunicação das 12 sedes da Copa e dos locais de treinamento, enviadas por 27 centros de comando e controle móveis e 36 plataformas de observação elevada. A comunicação com os outros centros foi realizada por meio de sistemas de informática e links especialmente desenvolvidos para a atividade.
Eixo Defesa | |
Efetivo das Forças Armadas empregadodurante a Copa | 59.523 |
Efetivo da Marinha empregado durante a Copa |
13.125 |
Efetivo do Exército empregado durante a Copa |
38.233 |
Efetivo da Aeronáutica empregado durante a Copa |
8.165 |
Número de aeronaves usadas durante a Copa (exclui helicópteros) |
77 |
Número de helicópteros usados durante a Copa |
61 |
Eixo Inteligência | |
Efetivo empregado durante a Copa |
900 |
Pesquisas de antecedentes para credenciados no evento | 450.000 |
Avaliações de risco (cidades, hotéis, estádios, centrosde treinamento, criticidade dos jogos, delegações, etc) |
916 |
Eixo Segurança Pública | |
Efetivo de Segurança Pública empregadodurante a Copa (Bombeiros, guarda Municipal/Detran, Polícia Civil, Polícia Militar, PF e PRF) | 116.579 |
Efetivo dos Corpos de Bombeiros empregado durante a Copa | 6.738 |
Efetivo das Polícias Civis empregado durante a Copa | 5.584 |
Efetivo das Polícias Militares empregado durante a Copa |
88.772 |
Efetivo da Polícia Rodoviária Federal empregado durante a Copa | 3.772 |
Efetivo da Polícia Federal empregado durante a Copa | 6.494 |
Efetivo da Força Nacional de Segurança |
800 |
Quantidade de drones apreendidos |
30 |
Número de resgates aeromédicos PRF |
122 |
Número de estrangeiros impedidos de entrar no país |
266 |
Eixo Aviação |
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Número de passageiros processados nos aeroportos da Copa (embarques e desembarques entre 10/06 e 9/07) | 16,7 milhões |
Número de pousos e decolagens nos aeroportos coordenados para o evento |
263 mil 5 pousos e decolagens por minuto |
Recorde da Copa (3/julho) Obs: recorde anterior à Copa foi Carnaval (28/01/2014), com 467.000 passageiros e final de ano (20/12/2013), com 420.000 passageiros. |
548.000 passageiros |
Jatos executivos no dia do Jogo da Final nos aeroportos do Rio de Janeiro | 600 |
Eixo Comunicação |
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Profissionais de comunicação cadastrados para cobrir a Copa pela Fifa |
Aprox. 20.000 |
Número de países com profissionais de comunicação cadastrados pela Fifa |
113 |
Número de jornalistas cadastrados nos 12 centros abertos de mídiada SECOM | 10.635 |