O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, prorrogou por mais 10 dias a permanência da Força Nacional em Moçambique para atuar na operação de ajuda humanitária ao país africano. A portaria que autoriza a prorrogação da ajuda humanitária foi publicada na edição desta segunda-feira (22) do "Diário Oficial da União".
O prazo começa a contar a partir de domingo (28). Moçambique ficou devastado em março após a passagem do ciclone Idai, que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e deixou mais de 600 mortos. Os vizinhos Zimbábue e Malaui registraram, até 10 de abril, 344 e 59 mortos, respectivamente.
No final do mês passado, o governo brasileiro enviou à África aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) com kits de medicamentos e insumos, que somaram 870 quilos. Bombeiros brasileiros que atuaram no resgate das vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho também foram enviados a Moçambique.
Além disso, foram enviados policiais que integram a Força Nacional para o distrito moçambicano de Beira, no sudoeste do país, um dos mais atingidos pelo ciclone onde vivem cerca de 700 mil pessoas.
Criada em 2004 pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a Força Nacional é formada por policiais militares, bombeiros militares e profissionais de perícia forense indicados pelas secretarias de segurança estaduais.
Esse efetivo é acionado em situações de distúrbio público e pode atuar em qualquer unidade da federação, e até no exterior, mediante autorização do ministro da Justiça. "Autorizar a prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública, na cidade de Beira, em apoio a República de Moçambique, nas ações humanitárias de busca e salvamento, em caráter episódico e planejado, por 10 (dez) dias, a contar de 28 de abril de 2019", escreveu Moro em trecho da portaria que autorizou a prorrogação da permanência da Força Nacional em Moçambique.