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As operações de informações Parte I: Definição, origem e contexto histórico

As abordagens que vêm tentando definir o que significa o conceito de Operações de Informações são múltiplas, podem entender-se como o emprego de uma série de ferramentas para manejar a informação própria e a do adversário, com o objetivo de identificar e pôr em evidência os estratagemas do inimigo.

A sua utilização tem a finalidade de desenvolver estratégias de informações que fortaleçam a imagem institucional e, com elas, enfrentar a Guerra de IV Geração; sob este cenário transformam-se em uma ferramenta que, através de um adequado processo de planejamento, pode modificar a percepção da sociedade e derrotar o inimigo internamente.

Além disto, as Operações de Informações buscam o fortalecimento do “processo interagente”, mais conhecido na Colômbia como “coordenação interinstitucional”, com o objetivo de criar as condições necessárias para que o Estado, em seu conjunto, forneça as garantias estipuladas na Carta Política referente ao desfrute dos Direitos Humanos da população. Esta coordenação interinstitucional fomenta a delegação de poderes às comunidades, fechando assim o vínculo existente entre a população e os grupos ilegais, onde houver.

Origem das operações de informações

Seu principal precursor é a guerra informática do final de 1970; paulatinamente foram se transformando até tornarem-se Operações que reconhecem o importante papel que lança a informação como um elemento de poder em época de paz, guerra e conflito.

A era da globalização implicou, sem sombra de dúvida, o aumento dos riscos à segurança nacional, pois passou a existir um caráter não tradicional. A situação tornou-se ainda mais complexa depois dos ataques de 11 de setembro, que ocasionaram uma mudança significativa na luta mundial contra o terrorismo. Este episódio da história da humanidade trouxe à tona uma cruel e degradante ameaça que se caracteriza por não ter limites, estratégias ou objetivos definidos.

O surgimento deste tipo de ameaça não tradicional, que utiliza as tecnologias da informação em escala global para alcançar grandes massas populacionais, inclui-se no que se denomina Guerras de IV Geração, definidas por Thomas X. Hammes como “uma complexa arena de conflito de baixa intensidade. (…). Abrangem o espectro político, social, econômico e militar e envolvem agentes nacionais, internacionais, transnacionais e subnacionais”.

Alguns comandos militares consideram que a dispersão desta guerra na sociedade implica um significativo nível de flexibilidade e manobra nas operações militares. Um número considerável de homens ou muito poder de fogo poderão transformar-se em desvantagens para as operações.

É preciso que sejam implementadas forças ágeis e em pequenos grupos para enfrentar este adversário e, além disto, não se busca derrotá-lo fisicamente, e sim em sua dimensão interna, para atenuar o apoio à população da cultura inimiga. Neste elemento final, é determinante haver a correta identificação de centros estratégicos de gravidade, bem como a interação com outras entidades do Estado.

(Cont.)

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