No período de 21 a 24 de outubro, o 1° Batalhão de Ações de Comandos enviou um destacamento de oito militares, sendo um tenente, um 3° sargento e seis cabos e soldados, para o Reino Unido, com a finalidade de participar do exercício militar internacional Cambrian Patrol (Patrulha Cambriana).
Esse exercício contou com a participação de diversos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), dentre os quais Inglaterra, França, EUA, Austrália e Canadá.
A Cambrian Patrol não tem por finalidade a competição, pois pretende inserir as equipes no quadro geral de combate de amplo espectro, no qual os militares são avaliados no cumprimento de diversas missões, tais como reconhecimentos especiais, trato com não combatentes e reação frente a ações inimigas, tudo isso conduzindo mais de 35kg de equipamento em um percurso de 65km pelas montanhas Brecon Beacons (País de Gales), local onde o Special Air Service (SAS) realiza sua seleção de pessoal.
A avaliação das equipes é fundamentada no desempenho em cada missão que realizam, mantendo a integridade física de todos os combatentes da fração. Assim, obtém a medalha de ouro aquelas que completarem mais de 75% das missões, medalha de prata as que fizerem acima de 65% e medalha de bronze para as equipes que finalizarem mais de 55% (todas sem computar baixas). Entretanto, as equipes que apresentarem até duas baixas recebem um diploma de participação e as que ultrapassarem essa quantidade ou desistirem são desclassificadas.
Ao término da Patrulha Cambriana, duas equipes obtiveram a medalha de ouro, cinco a medalha de prata, duas a de bronze, uma recebeu o diploma de participação e oito equipes desistiram.
A equipe brasileira, mesmo enfrentando a barreira do idioma, obteve o inédito resultado da medalha de prata, elevando o nome das Operações Especiais do Exército Brasileiro e projetando, de forma muito positiva, o Brasil no cenário internacional, em especial no restrito universo da OTAN.