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Tropas do 24º Contingente iniciam embarque para o Haiti

Lane Barreto


O embarque do 1º escalão do 24º Contingente Brasileiro de Força de Paz da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah) aconteceu, nesse domingo (10), no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília. Um grupo composto por militares do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 24, sigla em inglês), da Companhia de Engenharia (Braengcoy), do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais e da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu da capital federal com destino à cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti.

No sábado (18), a tropa de Fuzileiros Navais foi do Rio de Janeiro para Brasília, a bordo de uma aeronave Hércules da FAB. O grupo uniu-se aos demais militares da região do Planalto para dar início ao rodízio entre os contingentes que ocorre a cada seis meses. O 24º Contingente será composto por 970 militares que irão seguir para o Haiti divididos em cinco voos nos próximos dias.

O contingente brasileiro, a maior parte procedente do Comando Militar do Planalto (CMP), será desdobrado na capital haitiana e terá a missão de contribuir para a manutenção de um ambiente seguro e estável naquele país em prol da Minustah. O novo comandante do BRABAT, coronel Sebastião Roberto de Oliveira, ressaltou a importância do rodízio para dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado pelo 23º Contingente.  “Ele é importante em termo de projeção internacional do Brasil e também para mostrar de forma conjunta o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuando no exterior”, disse.

O coronel Roberto ingressou na Escola Preparatória de Cadetes de Exército, em 1982 e, logo em seguida, seguiu para a Academia Militar das Agulhas Negras. Ele já exerceu a função de ajudante de ordens do comandante do Exército, foi instrutor na Guatemala e, participou de missões da ONU, no Chipre e no Haiti.

Os momentos anteriores ao embarque do oficial de logística da Força Terrestre, Átila Ricardo Larsen, foram acompanhados de perto pela esposa e filha. Integrante da arma de artilharia, ele passou seis meses em Cristalina em treinamento junto à equipe. ”Nós fizemos um estágio básico e um avançado de operações”, conta Larsen sobre a fase preparatória. Ao lado da filha Milena, a esposa Adriana de Fátima Larsen estava tranquila e disse apoiar a missão do marido. “Irei tentar manter a mesma rotina e estou orgulhosa dele estar indo representar o Brasil lá fora”.

Entre os militares, três mulheres chamaram atenção no meio do grupo majoritariamente formado por homens: a sargento Daniella Trabach Silva e as tenentes Rayane Rodrigues Guimarães e Noemi Martins Pereira. Há sete anos no Exército, Noemi diz estar realizando um sonho ao participar da Minustah. “Sempre tive o sonho de participar de uma missão de paz. Penso que a experiência da volta do Haiti vai ser uma realização profissional e pessoal”, afirmou.

O Brasil possui tropas no Haiti desde o ano de 2004 e já empregou mais de 26.200 militares do Exército na missão. Desde o início, o Comandante do Componente Militar da Minustah é um oficial general brasileiro. Atualmente, quem ocupa o posto de Force Commander é o general Ajax Porto Pinheiro.

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