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Treinamento em realidade virtual ajuda polícia a aperfeiçoar habilidades, empatia e táticas de desescalonamento em situações críticas

Abrir um diálogo sobre saúde mental, saber identificar e prestar assistência em casos de tentativas de suicídio ou episódios de crise decorrentes de transtornos psicológicos durante intervenções policiais são habilidades essenciais para agentes de segurança pública — geralmente os primeiros a responder a um chamado de ajuda. 

Resultados mais seguros para todos surgem com melhores opções de treinamento. A Axon, líder global em tecnologia de segurança pública, desenvolveu o Treinamento de Engajamento Comunitário como parte do seu programa de treinamento em realidade virtual (VR) para agências de segurança pública. Voltado para aprimorar habilidades, perspectiva, empatia e táticas de desescalonamento, o treinamento envolve o uso de headsets de VR que apresentam cenários simulados nos quais policiais podem interagir com membros da comunidade, vítimas em crise e pessoas passando por um episódio de saúde mental. 

As cenas de realidade virtual foram criadas em colaboração com especialistas em saúde mental, pesquisadores e profissionais da área de segurança para garantir o mais alto grau de realismo nas simulações. Os módulos do Treinamento de Engajamento Comunitário apresentam cenários de duas perspectivas distintas: uma sob o ponto de vista do policial que responde à ocorrência e outra sob a perspectiva da pessoa em sofrimento devido a um episódio agudo de saúde mental. Esses módulos abordam interações com pessoas passando por uma crise de saúde mental, com Alzheimer ou no espectro autista, com o objetivo de expandir as habilidades dos policiais e prepará-los para lidar com situações complexas no mundo real. 

“Os módulos do Treinamento de Engajamento Comunitário (CET) podem simular para o usuário o que é passar por um trauma ou enfrentar uma crise de saúde mental. A ideia é ensinar empatia e dar aos agentes públicos uma noção do que as pessoas podem estar enfrentando”, diz Arthur Bernardes, diretor nacional da Axon no Brasil. 

Considerando a rotina intensa, as limitações de tempo e os orçamentos restritos para treinamentos externos que os agentes públicos enfrentam, a tecnologia de VR se torna uma aliada para os departamentos de polícia treinarem em qualquer lugar e a qualquer momento. 

De acordo com o mapeamento mais recente sobre depressão realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o que equivale a 11,7 milhões de brasileiros. Em nível continental, o Brasil fica logo atrás dos Estados Unidos, onde 5,9% da população sofre de depressão, segundo dados da OMS. 

A taxa de suicídio entre jovens no Brasil aumentou 6% ao ano entre 2011 e 2022. As notificações de automutilação na faixa etária de 10 a 24 anos aumentaram 29% anualmente durante esse mesmo período. Essas descobertas vêm de uma análise de quase 1 milhão de dados, publicada em um estudo recente na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimento para a Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) em colaboração com pesquisadores da Harvard. 

Policiais também precisam de atenção 

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 indicam uma tendência alarmante para a segurança pública do país. Pela primeira vez desde que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública começou a acompanhar a vitimização de policiais, o suicídio foi a principal causa de morte registrada em 2023, ultrapassando o número de mortes decorrentes de confrontos, tanto em serviço quanto durante a folga. O índice de suicídios entre policiais civis e militares da ativa aumentou 26,2% em relação ao ano anterior, e teve incidência oito vezes maior sobre os policiais do que o observado no restante da população.   

O uso de soluções tecnológicas tende a ajudar na redução do estresse e dar mais suporte para a execução de tarefas cotidianas. Ao usar uma câmera corporal, por exemplo, o policial sabe que poderá contar com o apoio efetivo do comando em situações críticas, como confrontos. Isso porque as imagens registradas no local da ocorrência podem ser acompanhadas pela central – que estará mais capacitada para orientar os agentes sobre como proceder.  

Além disso, com o registro das interações com o público, o policial tem a segurança de que não estará sujeito a disputas de narrativa de nenhum tipo. Caso venha a ser acusado de prática indevida, sua palavra será respaldada por evidências que lhe darão confiança para exercer sua função com tranquilidade.  

Em situações de confronto, em que o policial precisa impedir que um agressor aja, ou em que é preciso imobilizar um indivíduo que está se comportando de forma ameaçadora, é preciso agir rápido e usar os recursos disponíveis. Entretanto, sem preparação e sem alternativas, é comum que policiais precisem recorrer a disparos de arma de fogo que têm impactos muitas vezes irreversíveis – e o peso sobre essas decisões sobre a psique dos agentes de segurança pode ser grande demais.  

Ao oferecer aos policiais soluções de tecnologia menos letais, como os dispositivos TASER, as agências dão a eles a segurança de poder agir em defesa da população sem o ônus de lidar com consequências permanentes. E, assim, policiais e população se sentem mais confiantes e seguros.   

Focada no bem-estar mental dos agentes de segurança pública, a Axon promoveu em 2024 um bate-papo com oficiais da Austrália, do Reino Unido, da França e da Itália para saber quais foram os momentos mais desafiadores de suas carreiras. Os agentes listaram as sete principais estratégias de gerenciamento de estresse para lidarem com situações de risco.  

  • Atividades físicas: os tipos de exercícios variaram entre corrida, musculação, treinamento HIIT, caminhadas ou artes marciais.  
  • Hobbies (além da profissão):  pintura, jardinagem ou leitura. 
  • Passar tempo com amigos e familiares: relaxar com entes queridos atua como um antídoto contra o estresse relacionado ao trabalho. 
  • Técnicas de relaxamento: praticar yoga, meditação e exercícios de respiração. 
  • Entretenimento: ouvir músicas, podcasts, ver TV, jogar videogame. 
  • Rede de apoio entre os pares: se comunicar com colegas de trabalho, supervisores, trocar experiências. Os policiais frequentemente recorrem aos seus pares em busca de apoio. 
  • Priorização e resolução de problemas: dividir as tarefas e priorizar  ajuda a reduzir a sobrecarga. 

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