As investigações para apurar o desaparecimento de 47 armas do 62º Batalhão de Infantaria de Joinville (SC) levaram à retenção de 592 militares que atuam na unidade e não podem deixar o local. A previsão é de que apenas nos próximos dias eles sejam liberados. Na quinta-feira, todos os soldados foram chamados e escalados para participar de buscas e apreensões. As visitas de familiares, no entanto, ocorrem normalmente.
Segundo o chefe do Estado Maior da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, coronel Pedro Osvaldo Andrade Carolo, 13 das 47 armas que desapareceram já foram recuperadas – descoberto no dia 25 de setembro. De acordo com o militar, haveria dois suspeitos, um cabo e um soldado.
– Mas pode haver mais gente envolvida. Isso será determinado pelo inquérito militar que foi instaurado, e corre na Circunscrição Judicial Militar, em Curitiba – disse.
Por enquanto, não será informado quantas pessoas participaram do esquema, para não atrapalhar as investigações. Carolo disse que só o inquérito poderá apontar o destino os que os ladrões dariam ao material desviado.
– O certo é que temos um crime praticado por militares dentro de uma unidade militar. Vamos saber se há outras pessoas envolvidas, inclusive que não pertencem ao Exército, civis – afirmou.
Os dois suspeitos tinham a responsabilidade de cuidar da reserva (repartição) onde as armas eram guardadas. As armas que sumiram são provenientes de apreensões feitas pelas polícias de Joinville e da região, e seriam destruídas amanhã. Havia também armas da Campanha do Desarmamento. Todo o material era de baixo calibre, como revólveres antigos de calibre 38. De acordo com a assessoria de imprensa, não há armas como fuzis entre os equipamentos desviados.