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Sistema de comunicação do Itamaraty é alvo de invasão hacker

O sistema de comunicação interna do Itamaraty, que serve ao Ministério das Relações Exteriores e também às embaixadas brasileiras ao redor do mundo, foi alvo de uma invasão de hackers, especialistas em informática que invadem outros computadores com objetivos ilícitos. A invasão ocorreu nesta segunda (26) e sua extensão e eventuais danos ainda estão sendo verificados pela Divisão de Informática do ministério.

Pelo sistema,  trafegam informações sigilosas e mais sensíveis, geralmente criptografadas. Ainda não há informações sobre a origem e suspeitos de operar o ataque.

Além do sistema, os hackers conseguiram também invadir as contas de e-mails de servidores do ministério, que se concentra em apurar se houve e qual a extensão de um possível vazamento de informações.

Nesta segunda (26), o sistema de e-mails foi tirado do ar momentaneamente para realizar uma manutenção, incluindo a troca de senha dos servidores de Brasília e das embaixadas no exterior. O sistema já foi religado e deve voltar à normalidade até o início da noite.

O ministério, no entanto, ainda não sabe dizer quais setores foram mais afetados pelo ataque. O potencial de vítimas inclui diplomatas brasileiros em todo o mundo e oficiais de chancelaria e funcionários locais das embaixadas.

O Itamaraty também pediu investigação da Polícia Federal (PF) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para identificar a origem e os autores do ataque virtual. Ao G1, o GSI informou que não vai se manifestar sobre o assunto. Já a assessoria da PF disse que ainda não tem informações sobre o ataque cibernético.

As primeiras informações dão conta de que os ataques utilizaram um método conhecido como "phishing", muito usado por hackers. Eles enviam e-mails falsos com conteúdos aparentemente verdadeiros. A pessoa clica e o programa rouba informações do computador.

 
Vulnerabilidade
 
Em abril, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou denúncias de espionagem estrangeira no Brasil apontou que o país apresenta "vulnerabilidade" e "despreparo" em segurança cibernética.
 
A CPI da Espionagem foi instalada no Senado depois de vir à tona uma série de denúncias de que agências de inteligência dos Estados Unidos teriam espionado e-mails, telefonemas e dados digitais de autoridades e cidadãos brasileiros, entre os quais a própria presidente Dilma.
 
O monitoramento ilegal das agências de inteligência norte-americanas foi revelado pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden. Ele teve de pedir refúgio à Rússia para evitar ser preso nos EUA.
 
Ao final dos trabalhos da CPI da Espionagem, o relator da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), cobrou mais investimentos do poder público em ações de contrainteligência, como são chamadas medidas tomadas por Estados ou organizações com o intuito de proteger informações estratégicas e atividades de inteligência de outras nações e organizações.

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