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Segurança no Rio ainda é deficiente, apesar das UPPs

A política de segurança do governo do Rio de Janeiro está em xeque. Incidentes ocorridos em favelas que já têm Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e em outras aonde a ocupação ainda não chegou mostram que o mar de rosas da propaganda está bem distante da realidade.

Semana passada, no complexo do Alemão, um dono de bar foi morto a tiros por traficantes por reclamar quando eles comercializavam drogas em frente ao seu estabelecimento. Vejam bem: o complexo está ocupado não só pela Polícia Militar, mas também por tropas do Exército. Aliás, a mulher do homem assassinado afirma que militares se recusaram a socorrer seu marido.

No complexo da Maré, traficantes banidos do morro de São Carlos pela ocupação policial se uniram a outros de Costa Barros para tentar tomar pontos de venda de drogas. A guerra matou três pessoas que nada tinham a ver com o conflito em apenas dois dias.

A ideia das UPP é fantástica, inatacável, porém até agora há mais propaganda do que efeitos sobre a criminalidade como um todo. Moradores das favelas realmente não convivem mais com marginais armados, porém as quadrilhas apenas mudaram de endereço.

Para piorar, o secretário de Habitação, Jorge Bittar, pediu ajuda até à Polícia Federal contra as milícias que invadiram conjuntos habitacionais do governo na Zona Oeste, cobrando taxas e mais taxas. Como se vê, o combate à violência vai muito além de belas peças publicitárias e discursos políticos otimistas.

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