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Prossegue combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia Legal

Tenente Helena

Em continuidade à Operação Pantanal, equipes de combate a incêndios foram distribuídas em Poconé, Mato Grosso, após atividades de reconhecimento aéreo. Foram combatidos quatro focos de incêndio, sendo dois em Colônia Pesqueiro, no Hotel Pantanal Mato Grosso e um em Porto Jofre. As ações de apoio empregam 384 pessoas, entre militares, brigadistas e civis. Contam, também, com cinco aeronaves das Forças Armadas, em voos de reconhecimento, transporte de militares/brigadistas e lançamentos de água, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Operação Pantanal

As Forças Armadas atuam, desde 25 de julho, no combate a incêndio no Pantanal sul-mato-grossense. Em 5 de agosto, as ações foram estendidas ao Pantanal mato-grossense. O Ministério da Defesa atende à solicitação dos dois estados.

O Centro de Coordenação da Operação está instalado no aeródromo do Sesc Pantanal, em Poconé, ponto estratégico para o emprego dos meios. Participam da operação Fuzileiros Navais com curso em incêndio florestal, apoiados por embarcações e helicópteros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Em outra frente de ação, no âmbito da Operação Verde Brasil 2, o Comando Conjunto Oeste (CCjO) prossegue nas ações de auxílio a agentes do Ibama, da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. Eles conduzem fiscalização, a fim de evitar delitos ambientais, e levantam áreas com queimadas irregulares nas localidades de Querência, Juína e União do Sul, todas no estado mato-grossense.

Simultaneamente, ações de Inspeção Naval foram realizadas em diversos rios do Amazonas e de Rondônia. Para isso, foram empregados meios navais do Comando do 9º Distrito Naval, coordenado pelo Comando Conjunto Amazônia (CCjA). O Navio-Patrulha Fluvial Raposo Tavares P21 é utilizado em fiscalização nos rios Jutaí e Boia, entre a cidade de Manaus e a foz do Jutaí, no Amazonas.

No rio de Alto Alegre, em Roraima, foi montado um posto de controle e interdição fluvial pelo 12° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado e pelo 7º BIS, nas regiões de Campus Jacarezinho e Uiramutã. Ação semelhante foi realizada nos rios próximos às localidades de Palmeiras do Javari, Ipiranga, Vila Bittencourt e Estirão do Equador, todas no Amazonas. A atividade esteve a cargo do 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS).

Já o 54º BIS combateu focos de incêndio na região de Apuí, no Amazonas, em apoio aos órgãos ambientais. Também permanece em combate a Companhia de Comando da 17ª BIS, em Porto Velho, Rondônia.

No mesmo estado, o 5º BIS realizou ação de conscientização sobre crimes ambientais junto à população da Ilha das Flores e de São Gabriel da Cachoeira, nas localidades de Pari-Cachoeira, Yauaretê, Querarai, São Joaquim, Tunuí-Cachoeira, Cucuí e Maturacá.

Ao todo, foram contabilizadas as inspeções de 101 embarcações, sendo sete apreendidas e cinco autuadas em municípios do Amazonas, além de uma autuada em Porto Velho, Rondônia.

Militares do Comando Conjunto do Norte (CCjN), por meio da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, fizeram reconhecimento aéreo entre as localidades de Imperatriz, Maranhão, e Marabá, no Pará. O 52° BIS combateu um foco de incêndio na região da Serra Sul, município de Canaã dos Carajás, também no Pará, enquanto o 53º BIS patrulhou e combateu foco de incêndio em Novo Progresso, no mesmo estado.

Inspeções navais nos estados do Pará, Amapá e Maranhão, por militares do Comando 4º Distrito Naval, resultaram em 12 notificações, em um total de 76 embarcações vistoriadas. Dois dos meios de transporte fluvial foram apreendidos, em Santana e em Oiapoque, no Amapá.

Resultados

Desde a deflagração da Operação Verde Brasil 2, em 11 de maio, militares e agentes de órgãos parceiros realizaram 25 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações, das quais 668 foram apreendidas. Nos postos de bloqueio e controle de estradas, foram retidos 211 veículos por irregularidades. Volume superior a 28,7 mil metros cúbicos de madeira ilegal também foi confiscado, bem como apreendidas 791 máquinas de serraria móvel, tratores, maquinário de mineração, balsas, dragas e acessórios. Até o momento, mais de R$ 445 milhões foram aplicados em multas e termos de infração.

Operação Verde Brasil 2

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa. Está no escopo do Conselho Nacional da Amazônia (CNA), conselho regulado pela Vice-Presidência da República em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo Governo Federal, em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do decreto presidencial 10.421.

Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCjA) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB, dá suporte às ações aéreas, em caráter permanente. Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir da capital federal.

Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

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