Brasília, 15/01/2014 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu, na tarde desta quarta-feira, o secretário de Estado da Defesa da Suécia, Carl von der Esch, e comitiva, com o objetivo de trocar informações sobre o andamento do processo de compra pelo Brasil dos 36 caças suecos Gripen NG.
Na reunião, que aconteceu na sede do Ministério da Defesa (MD), em Brasília (DF). Amorim voltou a dizer que a decisão do governo brasileiro pelas aeronaves foi baseada em três aspectos: preço, transferência de tecnologia e performance. E que a escolha priorizou não o aspecto político, mas o caráter técnico dos aviões. Em dezembro, Amorim fez o anúncio oficial sobre a escolha do consórcio que tocará o projeto F-X2.
“Estou otimista de nossa parceria. A indústria de defesa brasileira também”, complementou o ministro.
O secretário sueco manifestou satisfação com a decisão do país e reiterou que foi um longo processo, “de muitos anos”, que finalmente se concretizou. “Estamos empenhados em trabalhar junto, cooperando em diversos níveis com vocês”, salientou.
Antes de encerrar o breve encontro, o ministro lembrou que todo o processo da compra precisa ser chancelado perante o Congresso Nacional, legitimando, assim, os trâmites. O titular da pasta esteve acompanhado pelo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito.
Reunião
Logo após o encontro com Amorim, a comitiva da Suécia reuniu-se com o secretário-geral do MD, Ari Matos Cardoso, e demais militares. Segundo os suecos, o importante neste momento, mais do que o aspecto comercial do contrato, é estabelecer contato entre os representantes de ambos os países e “ficar a par dos trâmites”.
Na ocasião, Ari Cardoso explicou que está em andamento a criação de Grupo de Trabalho (GT) que irá acompanhar todo o processo de compra das aeronaves, e deverá ser concluído e formalizado até o final de fevereiro.
Esta equipe, segundo disse, será coordenada pela Defesa e terá integrantes dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Fazenda; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e das Relações Exteriores. “Serão eles quem vão estruturar as informações para manter o governo informado de tudo.”
E completou: “Quando tivermos o GT definido, entraremos em contato via embaixada para marcarmos nova reunião aqui ou em Estocolmo (capital da Suécia). No entanto, tudo terá continuidade mesmo sem a formalização do grupo”.
Segundo Carl von der Esch, a Suécia está tratando a negociação da mesma forma que o Brasil, com contato permanente com diversas agências do governo, como Secretaria de Defesa, Ministério das Finanças, Força Aérea, entre outros. “Vamos aguardar então a definição do GT em fevereiro”, disse.