Às 17h em ponto deste domingo (29), pelo horário de Brasília, as urnas eleitorais foram lacradas nos 57 municípios que elegeram seus prefeitos e vice-prefeitos no segundo turno das eleições deste ano. Nas sessões de votação, eram esperados mais de 38 milhões de eleitores para escolher seus representantes. Do total de municípios que tiveram segundo turno, 18 são capitais. Para assegurar o exercício da cidadania, 5.157 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica apoiaram a realização do pleito com Garantia de Votação e Apuração (GVA) e com apoio logístico.
Neste segundo turno, quatro unidades da Federação receberam apoio de GVA. Foram: Acre, com duas localidades na capital Rio Branco; Amazonas, com 13 locais atendidos na capital Manaus; Maranhão, com apoio a cinco localidades da capital São Luís; e o Ceará, com 17 locais que receberam o reforço da presença dos militares, na capital Fortaleza e mais três zonas eleitorais no município de Caucaia. Já o apoio logístico foi prestado a uma localidade, o município de Paquetá, no Rio de Janeiro. Confira no infográfico.
A atuação dos militares nessas 41 localidades, tanto em GVA quanto com o transporte de urnas e pessoal a serviço da Justiça Eleitoral, necessitou a ativação de quatro Comandos Conjuntos. Os dois estados da Região Norte foram atendidos pelo Comando Conjunto Amazônia, o Maranhão foi apoiado pelo Comando Conjunto Norte e o Ceará teve o envolvimento de tropas do Comando Conjunto Nordeste.
O Rio de Janeiro, que necessitou de apoio logístico para o município de Paquetá, contou com o trabalho de militares do Comando Conjunto Leste. O deslocamento e transporte das tropas foi possível com o uso de 457 viaturas, três aeronaves e uma embarcação. O emprego das tropas em operações eleitorais para segurança do processo democrático é previsto no Código Eleitoral (Lei nº 4.937/1965, art. 23, inciso XIV) e foi homologado por meio de Diretriz Ministerial da Pasta da Defesa.
Para coordenar as ações militares por todo o Brasil, na sexta-feira (27), foi ativado o Centro de Operações Conjuntas (COC), do Ministério da Defesa. O COC, composto por militares das Três Forças, atuou de forma ininterrupta. A unidade coordena as ações militares para Garantia da Votação e Apuração (GVA) e para o apoio logístico no transporte de urnas e de servidores da Justiça Eleitoral.
À frente da Pasta da Defesa, o Ministro Fernando Azevedo avaliou que “a atuação das Forças Armadas na Operação Eleições 2020 foi oportuna e necessária, atendeu à convocação do TSE e a determinação do Presidente Jair Bolsonaro. No primeiro turno, atuamos com ações de Garantia de Votação e Apuração em 630 localidades e em outras 104 com apoio de logística. No segundo turno, foram 41 localidades, sendo 40 com GVA e uma com logística. Tudo transcorreu normalmente. Parabenizo os militares por mais esta missão bem cumprida".
Primeiro turno
A normalidade nos locais de votação no primeiro turno das eleições, em 15 de novembro, foi assegurada por cerca de 26 mil militares. Esse efetivo é superior à presença da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, que foi de 25 mil homens. O total de militares envolvidos no primeiro turno das eleições chega perto do número de integrantes das Forças Armadas que desde março atuam na Operação Covid-19.
Ainda no apoio ao primeiro turno das eleições, os militares transportaram mais de 720 pessoas e 23 mil quilos de material, entre urnas eletrônicas e outros itens para a Justiça Eleitoral. Na execução das atividades, foram empregados 145 navios e embarcações, cerca de 2 mil veículos e 24 aeronaves, que somaram 182 horas de voo.
Para o Subchefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa e responsável pelo COC, General de Brigada José Eduardo Leal de Oliveira, “a participação das Forças Armadas nas eleições 2020, nos dois turnos, demostrou o elevado grau de preparo e o incomparável comprometimento de todos os nossos militares. Missão dada, missão cumprida”, concluiu o oficial.