Os governos do Brasil e Peru concordaram, na quinta-feira, trocarem informações no campo da inteligência para enfrentar as ameaças comum na Amazônia, de acordo com informações do Ministério da Defesa peruano.
O acordo foi assumido pelos ministros da Defesa do Peru, José Huerta, e do Brasil, Joaquim Silva e Luna, que realizaram a II Reunião Bilateral do seu setor na Base Naval de Nanay, na cidade peruana de Iquitos.
Segundo a informação oficial, a reunião foi concluída "com o compromisso de aumentar a troca de informações para enfrentar com eficácia os principais crimes na região da fronteira". "Somos países que temos ameaças comum e devemos enfrentar isso juntos. Elas são de caráter transacional e merecem ser vistas com a visão de cada um dos nossos países, e assim poderemos encontrar pontos de encontro para combater essas ameaças", afirmou Huerta.
Entre as ameaças, ele mencionou o narcotráfico, a mineração ilegal, a extração ilegal de madeira e o tráfico de seres humanos e de armas.
Na reunião também foi acordado o desenvolvimento de ações conjuntas cívicas ao longo do rio Javari, na região amazônica, para levar ajuda humanitária às comunidades dos dois países.
Além disso, as ações a serem tomadas para melhorar a troca bilateral de oficiais, com o aumento do pessoal e das especialidades militares que permitirá reforçar o trabalho comum.
Nesse sentido, Huerta destacou a troca de experiências relacionadas com a participação das forças armadas na gestão dos riscos de desastres decorrentes das mudanças climáticas.
Durante a reunião, o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas de Peru, almirante José Luis Paredes, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil, almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, também assinaram o Regulamento da Comissão Binacional de Fronteira.