Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica simularam um ataque inimigo à Termoelétrica Mauá 3, no Rio Negro, em Manaus (AM), na última sexta-feira (17). O exercício, que faz parte da Operação Amazônia, permitiu às tropas aprimorar procedimentos de defesa de estruturas estratégicas como estações de água e energia.
Prover a segurança dessas instalações tem sido missão recorrente das Forças Armadas, principalmente em grandes eventos que acontecem no país.
Na demonstração, homens encontravam-se dentro da usina, fazendo a escolta no local, com o apoio de cães de guarda. Um helicóptero Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionado e, próximo à termoelétrica, realizou o chamado helocasting, que consiste no lançamento de mergulhadores de combate para participar da ação.
Dois helicópteros Esquilo da Marinha também sobrevoavam o local. Ao se aproximarem da usina, os mergulhadores detonaram explosivos, o que fez disparar o alarme da estação e quebrar o sigilo dos supostos invasores. Imediatamente, lanchas de transporte de tropa cercaram os inimigos, que se renderam e foram aprisionados.
Na sequência, caças A-29 da FAB tentaram atacar a usina e foram abatidos por militares do 2º Grupo de Defesa Antiaérea do Exército, que utilizam o míssil Igla. O equipamento atinge alvos a uma velocidade de 700 metros por segundo. Mesmo com alguns danos à estrutura do local, a missão foi concluída com sucesso.
Presente ao exercício militar, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, elogiou a atuação dos militares e destacou a “total interoperabilidade” entre Marinha, Exército e Aeronáutica. “Vejo cada vez mais progresso nessas missões. Já existe o espírito de trabalho em conjunto”, disse.
Já o comandante militar da Amazônia, general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, explicou que a atividade serviu de adestramento, inclusive, quanto ao uso dos novos materiais empregados. “Ao longo da operação, também realizamos ação cívico-social na região de Presidente Figueiredo (AM), com navio da Marinha levando assistência médica à população.”
A Operação Amazônia, coordenada pelo Ministério da Defesa, termina nesta terça-feira (21). Ela consiste em uma série de atividades que demonstram a capacidade operacional das Forças Armadas na garantia da integridade da floresta tropical.
A ação, que já está em sua terceira edição, reúne 4 mil militares e tem como teatro de operações as cidades de Manaus, Boa Vista (RR) e Normandia – a cerca de 180 km da capital de Roraima.