Da EFE
Nações Unidas – O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (25) a "total proibição" do armamento nuclear e disse que a "ameaça de destruição mútua" constitui uma "fraude a toda a construção das Nações Unidas", em cuja sede pronuncia um discurso.
A existência de uma ética e um direito baseados nessa ameaça fariam na prática que a ONU passasse a ser as "Nações unidas pelo medo e pela desconfiança".
Francisco, primeiro papa latino-americano, disse que a tendência à proliferação de armas de destruição em massa como as nucleares "nega" as afirmações contidas no preâmbulo e no primeiro artigo da Carta das Nações Unidas.
Na carta se indica que os alicerces da construção jurídica internacional são "a paz, a solução pacífica das controvérsias e o desenvolvimento de relações de amizade entre as nações".
"É preciso empenhar-se por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de Não Proliferação, na letra e no espírito, para uma total proibição destes instrumentos", insistiu.
O pontífice se referiu ao recente acordo sobre o programa nuclear do Irã, "uma região sensível da Ásia e do Oriente Médio", do qual disse que é "uma prova da boa vontade política e do direito, exercitados com sinceridade, paciência e constância".