Lucia Morel
Até 2016 o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) estará 100% instalado nos cerca de 17 mil Km de fronteira seca do Brasil com os países da América Latina. O investimento total, já garantido pelo governo federal, é de R$ 12 bilhões e parte desse valor – R$ 839 milhões – já está sendo aplicado nas primeiras obras do projeto.
O Estado contemplado para ser piloto do sistema é Mato Grosso do Sul e o município de Dourados, a 225 Km da capital, Campo Grande, já está recebendo equipamentos. O coordenador do Sisfron, general Antonino dos Santos Guerra Neto, que é comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, disse que a implantação termina em 2016.
Para o senador por Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral (PT), a escolha por Mato Grosso do Sul para receber o piloto do projeto ocorreu principalmente pelo fato de o Estado "ter uma situação muito diferenciada em função das fronteiras que temos, que é com o Paraguai e com a Bolívia", conhecidos produtores de entorpecentes e de produtos piratas. "O Exército escolheu MS por essas peculiaridades".
O Sisfron vai permitir um monitoramento total da fronteira seca e aérea do Brasil, com vários tipos de equipamentos a serviço da segurança da área de fronteira.
Amaral diz que o sistema será interligado com as forças policiais, como Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, além do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) para um trabalho "em conjunto", que visa não apenas o combate de ilícitos, como narcotráfico e contrabando, mas também "no monitoramento e defesa ambiental, como no controle da aftosa, com a entrada de gado estrangeiro em território brasileiro".
Um dos destaques do Sisfron é o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), que é uma aeronave radar de patrulhamento aéreo, utilizada para segurança pública e de fronteira, patrulhamento ambiental e até resgate.