Após participar na manhã desta quarta-feira, dia 07.11, de um seminário no Museu do Amanhã da Escola Superior de Guerra, o ministro da Marinha, Joaquim Silva e Luna, fez uma visita à fábrica da Condor Tecnologias Não Letais, no bairro de Adrianópolis, em Nova Iguaçu.
Lá, ele assistiu à uma breve apresentação sobre o conceito não letal e como o emprego dessas tecnologias são indispensáveis para o controle e a redução da letalidade nas operações das forças de Defesa e Segurança.
Exemplos como a Missão de Paz do Brasil no Haiti e as manifestações de 2013 – quando uma multidão foi às ruas em todo o País sem o registro de nenhum óbito provocado pelo uso da força – foram alguns dos destaques da apresentação.
O diretor de Relações Institucionais da Condor, Luiz Monteiro, também contou como a empresa, que completa 33 anos em 2018, cresceu investindo em pesquisa e tecnologia e se tornou um player global, exportando hoje para mais de 50 países e concorrendo em pé de igualdade com industrias estrangeiras.
Ele explicou que a decisão de a Condor de começar, em 2010, a produzir seu próprio gás CS (clorobenzilideno malononitrilo), insumo antes importado e necessário para a produção de granadas lacrimogêneas, por exemplo, se deu após a empresa perceber que os países vendedores começaram a impor dificuldades para dificultar a autonomia da produção de não letais no Brasil, criando, assim, uma barreira geopolítica.
A Condor, disse Monteiro, foi além, e também criou um dispositivo elétrico incapacitante (Spark) que passou a concorrer, em pé de igualdade e com vantagem sobre a concorrente americana.
Após as explicações, o ministro e sua equipe assistiram, no campo de provas da empresa, a uma demonstração da linha de produtos fabricados pela Condor, inclusive com figurantes simulando uma situação de conflito em que manifestantes precisavam ser contidos utilizando-se a proporcionalidade da força apenas com equipamento não letais.
O presidente da empresa, Carlos Erane de Aguiar, agradeceu a visita destacando que é comum autoridades estrangeiras visitarem a fábrica da Condor para conhecer de perto onde são fabricados seus produtos, mas que esta é a segunda vez que um ministro da Defesa do Brasil faz essa deferência: o primeiro foi o ex-ministro Jacques Wagner, que ocupou o cargo entre os anos de 2014-2015.
O ministro Silva e Luna respondeu dizendo que a preservação de vidas é o objetivo desejável de qualquer missão em que o emprego da força é necessário e falou da sua satisfação em ver que o Brasil tem uma indústria da dimensão da Condor, que se dedica à essa missão.