Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital
“Temos vulnerabilidades nos equipamentos, nos roteadores, nos switches, etc, que são equipamentos importados, nos quais há a possibilidade de haver nos componentes desses equipamentos backdoors, portas que darão acesso a vazamento indesejado de informações”, indicou o chefe do departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Sinclair Mayer.
Mayer participou nesta quarta-feira, 14/8, de nova audiência pública, agora na Câmara dos Deputados, sobre as denúncias de espionagem dos Estados Unidos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os backdoors são, em vários casos, previstos em legislações como forma de colaboração das redes de telecomunicações com eventuais interceptações de comunicações.
Como, no entanto, essas fragilidades intencionais também facilitam a espionagem, o alvo primeiro do Exército é defender as redes das Forças Armadas. “O que estamos fazendo, no caso da Defesa, é organizarmos um centro de certificação desses equipamentos para que eles possam ser utilizados de maneira mais segura”, explica o general.
Para o chefe do departamento de C&T do Exército, no entanto, essa é uma contribuição pequena, ainda que importante, visto que seria preciso uma solução mais abrangente. “Pretendemos utilizar isso [o centro de certificação] já no ano que vem, mas o melhor seria contar com uma indústria nacional que pudesse nos fornecer esses equipamentos”, emendou.