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Militares que morreram devido a terremoto durante Missão de Paz no Haiti são relembrados pela Defesa

Comandante Cleber Ribeiro

Esta terça-feira (12), marca os 11 anos de uma tragédia sem precedentes que devastou um país, o Haiti, e arrasou com sua população e a já desestruturada economia. Era fim da tarde de uma quinta-feira, quando um terremoto de magnitude 7, na escala Richter, deixou a capital Porto Príncipe coberta por imensa nuvem de poeira e um rastro de destruição no país que já era um dos mais pobres das Américas.

Foram contadas mais de 200 mil pessoas que perderam a vida e 1,5 milhão de desabrigados. O desastre causou grandes danos à cidade e a outras localidades do país, com milhares de edifícios destruídos, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento e a sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).

O abalo sísmico de enormes proporções registrou ainda, de forma profunda, a história da MINUSTAH. No cumprimento do dever, morreram 18 militares do Exército Brasileiro. Outros quatro brasileiros também perderam a vida em consequência do desastre, entre eles a coordenadora da Pastoral da Criança,

Entre as vítimas, estavam, os promovidos post mortem aos postos e graduações: General de Brigada Emilio Carlos Torres dos Santos; General de Brigada João Eliseu Souza Zanin; Coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros; Tenente-Coronel Francisco Adolfo Vianna Martins Filho; Tenente-Coronel Marcio Guimarães Martins; Capitão Bruno Ribeiro Mário; Segundo-Tenente Raniel Batista de Camargos; Primeiro-Sargento Davi Ramos de Lima; Primeiro-Sargento Leonardo de Castro Carvalho; Segundo-Sargento Rodrigo de Souza Lima; Terceiro-Sargento Ari Dirceu Fernandes Júnior; Terceiro-Sargento Washington Luiz de Souza Seraphim; Terceiro-Sargento Douglas Pedrotti Neckel; Terceiro-Sargento Antonio José Anacleto; Terceiro-Sargento Tiago Anaya Detimermani; Terceiro-Sargento Felipe Gonçalves Júlio; Terceiro-Sargento Rodrigo Augusto da Silva; e Terceiro-Sargento Kleber da Silva Santos.

No comando da MINUSTAH desde 2004, as Forças Armadas brasileiras lideraram as ações de resgate, de assistência humanitária e de reconstrução, após o abalo sísmico, sobretudo na capital Porto Príncipe. Foram distribuídos mias de 3,5 mil toneladas de mantimentos, feitos procedimentos cirúrgicos e prestado atendimento médico a cerca de 40 mil pessoas afetadas pelo desastre.

A MINUSTAH foi criada em 2004, para conter a deflagração de uma guerra civil naquele país, e esteve sob o comando de militares brasileiros por 13 anos, alcançando, com sucesso, níveis de segurança adequados em diversas áreas, principalmente nos bairros mais violentos da capital Porto Príncipe, como Bel Air, Cité Militaire e Cité Soleil.

As tropas brasileiras deixaram definitivamente o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados.

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