O ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou na solenidade do Dia da Vitória, que “a II Guerra Mundial nos mostrou que mesmo um país pacífico não pode prescindir de Forças Armadas preparadas, competentes e equipadas, aptas a dissuadir e a defender a Nação de agressores”. O evento ocorreu nesta quinta-feira (8) no Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, Amorim exaltou os 30 anos de democracia da Nova República.
Seis instituições das Forças Armadas e mais 301 personalidades civis e militares foram agraciadas com medalha da Vitória. A entrega da comenda tem o objetivo de reverenciar os ex-integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e demais combatentes que atuaram na II Guerra Mundial.
Muito emocionado, o veterano da II Guerra, filho de militar, e capitão-de-mar-e-guerra da Marinha do Brasil (MB), José Alves de Vasconcellos, afirmou que foi uma honra servir à MB, “pois meu pai era de Marinha e eu continuei o desejo dele e segui o meu. Servi à Armada durante 27 anos”. Agraciado com a medalha, José Alves relembrou momentos em que ainda estava na ativa e acrescentou que a comenda é um reconhecimento aos trabalhos prestados. “Estou maravilhado com a apresentação organizada para o desfile com os veteranos”, concluiu.
Solenidade
No início da cerimônia, Amorim passou em revista às tropas perfiladas no pátio central do monumento. Em seguida, o ministro se deslocou para o palanque na companhia dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Após as honras militares, todos os presentes entoaram o Hino Nacional.
Em seu pronunciamento, o ministro da Defesa ressaltou que “em um mundo de incertezas, no qual não só novos riscos somam-se a antigas ameaças, o Brasil precisa de capacidade dissuasória crível para respaldar uma política independente, bem como para seguir atuando em prol da estabilidade mundial.”
O ministro também mencionou o papel dos militares em missão fora do país. “Nossos militares representam o país nas missões de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti, no Líbano e na República Democrática do Congo, demonstrando o importante papel assumido pelo Brasil na construção e na promoção da paz internacional”, afirmou.
Depois, a Bandeira do Brasil foi conduzida por um militar do Exército e posicionada no dispositivo. Posteriormente, ocorreu a imposição das insígnias aos estandartes das seis instituições agraciadas: Secretaria-Geral e Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha; 6° Batalhão de Infantaria Leve e 11° Grupo de Artilharia de Campanha, do Exército; e Base Aérea de Salvador e 2° Esquadrão do 10° Grupo de Aviação, da Aeronáutica.
Logo após foi a vez dos 301 homenageados receberem a Medalha da Vitória das mãos de seus paraninfos. A cerimônia foi encerrada com desfile militar de veteranos, de tropas das três Forças e também de carros militares antigos. Houve, ainda, sobrevoo de caças F5 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Histórico da Medalha
A Medalha da Vitória foi criada pelo Decreto nº 5.023, de março de 2004, em reconhecimento à atuação do Brasil em defesa da liberdade e da paz mundial, em especial, na II Guerra Mundial.
A insígnia é destinada a militares das Forças Armadas, bem como civis nacionais; militares e civis estrangeiros; policiais e bombeiros; além de organizações militares e instituições. Os agraciados devem ter contribuído de alguma forma para a difusão dos feitos da FEB ou participado de conflitos internacionais na defesa dos interesses do país, integrado missões de paz, prestado serviços relevantes e apoiado o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.