Nelson Düring
Editor-chefe
Fotos Lucas Lacaz Ruiz
Especial para DefesaNet
Atualizado 29 Jul 2021 – 19:50
O Comando de Aviação do Exército coordena e conduz esta semana, 26 a 30 Julho, em Taubaté/SP, a Operação Ricardo Kirk. A nome é simbólico pois Kirk foi o primeiro aviador do Exército, em 1912.
E a operação que leva seu nome montada pelo Ministério da Defesa é marcante pois é mais uma etapa na interoperabilidade das Forças. Os operadores do helicóptero H225M, Programa H-XBR, treinam procedimentos de voo em formação e o emprego de Óculos de Visão Noturna (OVN). Em inglês chamados de Night Vision Google (NVG).
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A interoperabilidade tem sido desenvolvida em várias etapas com a primeira sendo a Operação Poseidon, em 2020, onde helicópteros das três Forças (Marinha, Exército e Força Aérea operaram desde o Navio-Aeródromo Multipropósito A-140 Atlântico. Nesta oportunidade os pousos e decolagens foram realizados com o Navio-Aérodrom parado. No início de 2021 foram realizados pouso e decolagens, em condições controladas, com o A-140 Atlântico navegando.
Nesta terceira etapa no Comando de Aviação do Exército, em Taubaté/SP, estão sendo realizados exercícios em simuladores e ensaios em voo, com voo em formação e com o emprego de OVN/NVG. Estão em Taubaté tripulantes do H-XBR: 5 Marinha, 6 Força Aérea e 15 do Exército.
A Operação Kirk tem a seguinte programação:
1º Dia – Briefing dos procedimentos adotados pelo Comando de Aviação do Exército
2 º Dia – Exercício no Simulador e finalizando com decolagem em formação (ver vídeo)
3 º Dia – Exercícios no Simulador
4º Dia – Voo em formação incluindo operação noturna com o emprego de OVN/ NVG
5º Dia – Análise e avaliações das atividades da semana
Já está planejada a próxima fase, quando tropas do Comando Militar do Oeste (CMO), virão até Taubaté, para a realização de uma operação aeromóvel em “ambiente adverso”. Assim serão realizadas ações de infiltração e exfiltração de militares com voos em formação e operando à noite com o emprego de OVN/NVG. Está prevista para ser realizada ainda neste terceiro trimestre.
Avança assim o conceito de Operação Conjunta e a Interoperabilidade das 3 Forças, um dos princípios básicos do Ministério da Defesa.
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Equipes da Marinha, Exército e Força Aérea em adestramento. Atrás os helicópteros de cada Força. Foto Aviação do Exército
A Operação Ricardo Kirk propicia a interoperabilidade entre as três Forças Singulares, por meio da padronização de procedimentos na operação conjunta com helicópteros, em um ambiente simulado de conflito. Para isso, são realizadas instruções teóricas, voos em simulador e voos reais de treinamento, de forma a assegurar a correta condução dos voos em formação com OVN.
Participam da atividade aeronaves e tripulações so H225M:
– 1º Batalhão de Aviação, do Exército
– 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, da Marinha, e,
– 3º Esquadrão do 8° Grupo de Aviação, da Aeronáutica.
O Programa H-XBR
O Programa H-XBR foi o primeiro de aquisição conjunta de um Equipamento Militar para ser operado pelas três Força. O Programa H-XBR continua conforme seu escopo inicial, agora na área operacional, quando foi decida a aquisição de um helicóptero, de porte médio, para as três Forças.
O modelo escolhido foi o Airbus Helicopter H225M, que foi nacionalizado e produzido na fábrica da Helibras, em Itajubá, Minas Gerais. Foram 50 aeronaves, sendo destinados 16 para cada Força e 2 para a Presidência da República, sendo estes operados pelo Grupo de Transporte Especial (GTE), da Força Aérea Brasileira.
Os helicópteros foram batizado com nomes diferentes por cada Força:
Exército – H-4 Jaguar
FAB – H-36 Caracal
Marinha – UH-15 Super Cougar
sssssssssssssssssssssssss
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Helicópteros de cada Força: Jaguar (EB), HU-15 (MB) e H-36 Caracal (FAB) Foto Comando Aviação Exército
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