Jailton de Carvalho
BRASÍLIA. Policiais da Operação Sentinela apreenderam 10,5 toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína ao longo do mês de junho, anunciou ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Pelos dados do Ministério da Justiça, a quantidade de maconha apreendida é 74,2% maior que o total retido entre janeiro e maio deste ano. A operação faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras e prevê o reforço da fiscalização e da repressão ao narcotráfico nos 11 estados que fazem fronteira com países mais afetados pelo narcotráfico.
Segundo Cardozo, ainda não é possível calcular o impacto da repressão sobre a atuação do narcotráfico no país. Mas, para o ministro, o volume de drogas retirada do mercado é expressivo e, certamente, atingirá organizações criminosas envolvidas no tráfico. A Operação Sentinela, reformulada pelo governo este ano, conta com a participação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública. As Forças Armadas oferecem apoio logístico em parte das ações.
– O resultado é expressivo, se fizermos uma avaliação histórica – disse Cardozo.
Neste primeiro mês da operação, foram apreendidos ainda 283,7 mil aparelhos eletrônicos e 358 mil pacotes de cigarros, que estavam sendo contrabandeados para o Brasil. Pelo menos 550 pessoas foram presas acusadas de tráfico e contrabando, entre outros crimes. Para Cardozo, os resultados da operação devem melhorar nos próximos meses.
O Plano Estratégico de Fronteiras também prevê a ampliação dos acordos de cooperação entre o Brasil e outros países da região, como Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai. Os dados do governo apontam que mais da metade da cocaína consumida no mercado brasileiro tem origem na Bolívia. O Paraguai abasteceria aproximadamente 70% do mercado nacional de maconha.