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Forças Armadas vão atuar com maior intensidade contra o tráfico na fronteira

Juliana Russomano

A partir deste mês, as Forças Armadas vão realizar diversas operações para prevenir e reprimir crimes nas fronteiras brasileiras. Contrabando e tráficos de armas e drogas estão no foco das ações, que vão contar com o apoio da Polícia Federal.

Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, a vigilância das fronteiras nunca foi deixada de lado, mas com o contingenciamento de recursos em razão da crise financeira que afetou as contas públicas, foi necessário reduzir a intensidade das operações.

Agora, o almirante explicou que o Ministério da Defesa realocou recursos orçamentários da própria pasta para garantir a continuidade dos trabalhos.

“Acabou de ser liberado algum recurso e nós vamos voltar, agora em outubro, com um grande número de pequenas operações na faixa de fronteira, em áreas que consideramos de maior risco.”

Ele também ressaltou que houve mudança na forma de atuação, não serão mais mega operações, como a Operação Ágata. “A Ágata, quando ela começou, teve grande repercurssão e grandes resultados. Mas como eram operações de grande vulto, todo mundo no final sabia que iria ter uma operação, então simplesmente se parava o tráfico na fronteira, ou seja, você só tinha condições de apreender aquele desavisado ou aqueles que, por desespero, tentavam atravessar a fronteira nessa época. Então nós resolvemos mudar. Agora serão muitas pequenas operações de surpresa, com poucos órgãos do Estado participando, e foi assim que nós conseguimos grandes resultados, principalmente na Amazônia”.

O novo modelo, segundo o almirante Ademir Sobrinho, está alinhado às diretrizes do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, em vigor desde novembro do ano passado.

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