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Forças Armadas mobilizam militares em operação nas fronteiras

As Forças Armadas iniciaram na manhã de segunda-feira passada a Operação Ágata 11 em toda a extensão da fronteira brasileira com os dez países sul-americanos, o equivalente a 16.886 quilômetros. Este ano, a ação conta com 18 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea.

Além desse total, participam agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), entre outros. A Ágata é a maior mobilização realizada pelo Brasil no combate aos ilícitos de norte a sul do país. 

A Operação é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado por decreto em junho de 2011. Acontece sob a coordenação do Ministério da Defesa e comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). Antes de a operação ser deflagrada, o governo brasileiro manteve contato com os países vizinhos para o repasse de informações sobre o emprego do aparato militar.

Informações

A Ágata 11 acontece às vésperas dos Jogos Olímpicos – Rio 2016. Em função do evento, o Ministério da Defesa optou por uma mobilização que envolvesse toda a faixa de fronteira terrestre, e em áreas específicas de fronteira fluvial, assim como ocorreu em edições anteriores desta Operação.

Durante a mobilização, militares estarão atentos aos principais crimes transfronteiriços como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais.

Forças Armadas

Como a Operação se desenvolve ao longo de toda a fronteira terrestre, as tropas contarão com centros montados nos Comandos Militares da Amazônia (CMA), em Manaus (AM); do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS); e do Sul (CMS), em Porto Alegre (RS). Nesses locais, atuarão conjuntamente militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) e integrantes das agências governamentais.

A Marinha empregará, durante toda a Ágata, navios patrulha fluvial, de transporte e de assistência hospitalar, helicópteros UH-12 (Esquilo), lanchas, balsas e agências escola flutuantes. Participam da operação os Distritos Navais das cidades envolvidas; capitanias, delegacias, agências e destacamentos fluviais; e grupamento de fuzileiros navais.

Já o Exército atuará no período da operação com efetivo de brigadas e batalhões de Infantaria de Selva, de Fronteira e Mecanizado; além de unidades militares de Engenharia, Cavalaria, Logística, Aviação e Comunicações e Guerra Eletrônica. A Força Terrestre desenvolverá ações de bloqueios de rodovias montados em pontos estratégicos nas áreas de ação delimitadas na Ágata.

No caso específico da FAB, o planejamento está a cargo do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), sendo previstos Transporte Aéreo Logístico, Busca e Salvamento, Evacuação Aeromédica, Defesa Aérea, Vigilância e Controle do Espaço Aéreo, ações de Polícia da Aeronáutica e Segurança das Instalações.

Operação Ágata

O Ministério da Defesa, por meio do EMCFA, já realizou dez edições da Operação Ágata, tendo como área de operações um espaço de 150 quilômetros a partir da linha de fronteira. Esse território compreende 27% do território nacional onde estão 710 municípios, sendo 122 limítrofes e 588 não limítrofes.

A fronteira tem 16.886 quilômetros de extensão, sendo 7.363 quilômetros de linha seca e 9.523 quilômetros de rio, lagos e canais. São 23.415 quilômetros de rodovias federais. Os estados de fronteira são: Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os países vizinhos são: Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Além do combate aos ilícitos, a Ágata contempla também Ações Cívico-Sociais (ACISO), que consistem em atividades como atendimento médico, odontológico e hospitalar aos locais onde concentram famílias carentes. De acordo com o balanço integrado, as dez edições da Ágata resultaram em mais de 300 mil procedimentos de saúde, distribuição de cerca de 220 mil medicamentos, além de vacinação de 10 mil pessoas.

Jogos Olímpicos

Em função dos Jogos Olímpicos, o Ministério da Defesa optou por uma mobilização que envolvesse toda a faixa de fronteira terrestre, e em áreas específicas de fronteira fluvial, assim como ocorreu em edições anteriores desta Operação. Durante a mobilização, militares estarão atentos aos principais crimes transfronteiriços como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais.

Além do combate aos ilícitos, a Ágata contempla também Ações Cívico-Sociais (ACISO), que consistem em atividades como atendimento médico, odontológico e hospitalar aos locais onde concentram famílias carentes.

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