Roberto Cordeiro
A partir do próximo dia 31 de agosto, o Rio de Janeiro contará com o apoio de cerca de 23 mil militares das Forças Armadas, repetindo, praticamente, o mesmo formato de apoio às ações de Defesa e Segurança executadas com sucesso durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22), durante entrevista coletiva de balanço sobre as ações do eixo de Defesa, que, articulado com os setores de Inteligência e de Segurança Pública, asseguraram um ambiente tranquilo e pacífico, tal qual havia sido prometido ao Comitê Olímpico Internacional (COI) no período de candidatura para sediar o grande evento.
Em todo o País, foram cerca de 43 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sendo aproximadamente 23 mil deles somente no Rio de Janeiro, cidade que concentrou a maior parte das competições.
Ao todo, entre as funções do eixo de Defesa, foi realizada a proteção de 139 estruturas estratégicas, sendo 73 somente no estado do Rio de Janeiro. Na parte da atuação das Forças no apoio a escolta de autoridades com batedores, foram realizadas 616 missões, com 16 dignitários que estiveram no Brasil para os Jogos.
Graças às campanhas de sensibilização realizadas pelos ministérios da Defesa, da Justiça e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com os EPATs (Estágios para Percepção de Ameaças Terroristas) foi grade o número de situações suspeitas denunciadas, com 78 objetos suspeitos encontrados, sendo que, em nenhum dos casos, a situação se confirmou como uma real ameaça.
Na parte de Defesa Aérea, 29 aeronaves foram interceptadas por estarem sobrevoando locais não permitidos por conta das interrupções realizadas pela Força Aérea em decorrência dos Jogos. Apenas seis dessas precisaram ser interrogadas, mas refizeram a rota prontamente, após receberem o aviso do FAB.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, lembrou do clima de desconfiança estabelecido antes da realização dos Jogos – receio em relação ao Zika vírus, ameaças terroristas e outros receios – e enfatizou que, não só não houve nenhuma ocorrência grave, como a tranquilidade da cidade do Rio é um atestado de que tudo ocorreu conforme os órgãos de Defesa e de Segurança Pública previam.
“A sensação de segurança do carioca sem sombra de dúvida atesta que o resultado foi positivo”, disse o ministro, agradecendo a compreensão dos moradores do Rio e das outras cinco cidades sede do futebol olímpico – Belo Horizonte, Salvador, Brasília, São Paulo e Manaus – que tiveram que enfrentar transtornos em seu dia a dia por conta das ações de segurança. “Entregamos aquilo que prometemos: paz e tranquilidade”, concluiu.
Assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos, nos Paralímpicos, o esquema de Defesa funcionará com cerca de 3 mil militares das Forças desempenhando ações de policiamento ostensivo, em algumas regiões pré-determinadas, como vias expressas e as redondezas do aeroporto do Galeão, em atendimento a um pedido do governo do estado do Rio de Janeiro.
Os demais atuarão em ações de Defesa Nacional, como: marítimas e fluviais; aeroespaciais e aeroportuárias; de transporte aéreo logístico; defesa química, biológica, radiológica e nuclear; proteção de estruturas estratégicas; segurança e defesa cibernética; fiscalização de explosivos, enfrentamento ao terrorismo e emprego de forças de contingência.