Um grupo de 62 militares da Marinha e do Exército partiu para o Haiti na manhã desta segunda-feira (17). Eles vão trabalhar na manutenção de equipamentos de informática, saúde, armamento, refrigeração e viaturas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Essa é a terceira missão do esquadrão Corsário para o Haiti com o Boeing 767, que entrou em operação na unidade aérea em julho deste ano. Duas missões, contando com a atual, foram de apoio de manutenção à Minustah.
Já a missão com o transporte de barracas para atendimento, que ocorreu na última sexta-feira (14/10), foi a primeira de ajuda humanitária. Segundo o Tenente-Coronel Luiz Eduardo Ferreira da Silva, comandante do esquadrão Corsário e um dos pilotos da aeronave, essa ajuda ao Haiti é muito representativa para o esquadrão. Ele também projetou as novas missões do 767 para o país caribenho.
“No próximo dia 22, nós temos mais uma missão de ajuda humanitária e, em novembro, vamos apoiar a troca de contingente. O 767 veio para suprir essa necessidade de transporte aerologístico da Força Aérea Brasileira”, destacou.
Além dos 62 militares, 18 toneladas com material de manutenção foram embarcadas na aeronave. De acordo com o chefe da equipe de manutenção, Coronel do Exército Renato Eickoff, os militares e equipamentos vão auxiliar o 24° Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat), que está há quase seis meses no Haiti, em diversas necessidades. “Nosso objetivo é contribuir para o sucesso da missão”, destacou.
Segundo o Coronel Eickoff, com a passagem do furacão Matthew, que deixou cerca de mil mortos em 4 de outubro, os integrantes da Minustah têm se deslocado da sede da missão, a base General Bacelar, em Porto Príncipe, para os locais mais afetados, localizados no sudoeste do país.
“Para isso, são necessárias viaturas que encontram estradas muito danificadas e sofrem avarias. Acreditamos que deve haver um aumento na demanda pela manutenção de viaturas. É possível que alguns militares que embarcaram na segunda-feira sejam deslocados para essas cidades”,explica.
O Subtenente do Exército Vanderlei Campagnon vai pela primeira vez ao Haiti. Segundo ele, essa vai ser uma experiência nova que deve ficar para sempre. “A expectativa é chegar ao país que está tão debilitado e poder ajudar quem está ajudando”, afirma o militar, que é especialista em Tecnologia da Informação, ao se referir ao apoio de manutenção aos integrantes do Brabat.