Major Sylvia Martins
O início do desfile de 7 de Setembro traz à memória a participação de soldados brasileiros em grandes momentos históricos pela paz no mundo. Todos os anos, uma reverente continência é prestada pelo público aos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Esses heróis da Campanha da Itália vêm, em seguida, acompanhados de ex-integrantes de Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Nesse momento, aqueles que lutaram ao lado dos aliados na 2ª Guerra Mundial são inspiração às crianças e jovens nas arquibancadas, pela coragem e bravura, com que lutaram, há 73 anos, para defender a liberdade, a democracia e a paz.
“O sacrifício dos nossos pracinhas no solo estrangeiro sempre há de inspirar em cada um de nós um profundo sentimento de respeito”, destacou o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, por ocasião do 73º do fim da Segunda Guerra Mundial. A data foi celebrada em 15 de agosto deste ano. O destaque do grupamento de veteranos e ex-combatentes é o coronel do Exército Nestor da Silva, 101 anos, que liderou um pelotão de fuzileiros na decisiva conquista de Montese em solo italiano.
Na Segunda Guerra Mundial, no período entre 1939 e 1945, 70 milhões de pessoas morreram no conflito. A atuação das tropas brasileiras foi considerada estratégica para retomada da Itália e a posterior vitória dos países aliados (Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética) contra os nazistas.
Atuação das Forças Armadas
As operações bélicas na Segunda Guerra Mundial contaram com a participação das três Forças Armadas brasileiras (Marinha, Exército e Aeronáutica). Os militares combateram bravamente e se mostraram profissionalmente capazes. Alguns, à época, disseram que era mais fácil uma cobra fumar do que isso acontecer. Até hoje, o símbolo da Força Expedicionária Brasileira é uma cobra fumando cachimbo.
A Força Naval realizou o patrulhamento do litoral e a escolta de comboios marítimos. A Marinha do Brasil, durante a guerra, na Campanha do Atlântico, a protegeu navios de ataques submarinos.
A atuação do Exército foi marcada pela Força Expedicionária Brasileira (FEB). Mais de 25 mil voluntários participaram de expressivas vitórias de Monte Castelo, Castelnuovo e Montese, entre outras. A 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, comandada pelo general João Baptista Mascarenhas de Moraes, formava um conjunto tático-operacional que ocupou áreas estratégicas e lutou para romper a “Linha Gótica”, última defesa nazista na Itália.
A Força Aérea enviou um Grupo de Aviação de Caça e uma Esquadrilha de Ligação e Observação ao Teatro de Operação do Mediterrâneo e desenvolveu ações de patrulhamento do litoral e proteção aérea à navegação. O 1º Grupo de Caça, com quase 500 voluntários, realizou ao todo 2.546 missões ofensivas.
O desfile das Forças Armadas neste 7 de setembro proporcionará ao público aplaudir nossos heróis da Força Expedicionária Brasileira e celebrar com patriotismo e civismo a independência do Brasil, que conta com a Marinha, o Exército e Aeronáutica para defender sua soberania.