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Força Aérea assume o controle do primeiro satélite brasileiro

Aspirante Aline Fuzisaki

Hoje é um dia histórico para o campo da Defesa do País. Uma videoconferência realizada na sede do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), deu início às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD).

A ação marcou o primeiro enlace da Operação Ostium por meio do SGDC e foi realizada pelo Ministro da Defesa, Raul Jungmann, e acompanhada pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, pelo Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, e demais autoridades, que estiveram em Vilhena (RO), para a inauguração das transmissões do satélite.

Lançado no dia 4 de maio, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o SGDC passou por uma fase de ajustes e testes orbitais sob a coordenação de militares das três Forças Armadas e de engenheiros da fabricante do satélite, a empresa francesa Thales Alenia Space.

“Os testes foram muito bem realizados e avaliados. Concluído o período de testes, com o satélite em plenas condições de uso, no dia 30 de junho, o SGDC recebeu a carga útil da Banda X, que vai garantir mais segurança nas comunicações militares e ampliar a capacidade operacional da Forças Armadas”, explicou o Vice-Chefe do Centro de Operações Espaciais (COPE), Coronel Aviador Sidney César Coelho Alves.

A partir de agora, a operação e o monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), que irá trabalhar em conjunto com o Exército e a Marinha. O Chefe do Estado-Maior Conjunto, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich, que participou da videoconferência realizada via SGDC, falou sobre a missão da FAB no controle do satélite.

“É um orgulho para nós, pois, agora, efetivamente estamos operando no espaço. Então, com o satélite sob nosso controle, tanto a operação da carga útil como a operação do próprio satélite, realmente demos um passo adiante. Saímos da era do ar e fomos para a era do espaço a partir da operação do SGDC”, avaliou.

Durante a videoconferência, Jungmann afirmou que este é um momento histórico para o País e ressaltou a importância do SGDC para a defesa e a soberania do Brasil. “Nós estamos operando um satélite que é o primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso controle.

Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas, evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas comunicações. Posso dizer que tenho orgulho, como Ministro da Defesa do Brasil, de participar desta primeira e histórica transmissão.

À Força Aérea Brasileira, às Forças Armadas, à Defesa Nacional, meus parabéns!”, concluiu.

SGDC realiza sua primeira comunicação criptografada¹

O momento histórico para as Comunicações brasileiras ocorreu por meio de uma videoconferência, que foi transmitida via SGDC, entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que estava em Vilhena (RO), e o chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Aeroespaciais, brigadeiro Ricardo César Mangrich, que falava de Brasília (DF).

A comunicação foi realizada com sucesso nas instalações montadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) no âmbito da Operação Ostium, criada para reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil, coibindo voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico. Nesse contexto, o ministro da Defesa destacou que não há nada mais relevante do que o País contar com um mecanismo que assegure formas de comunicação 100% seguras, já que este é o primeiro Satélite totalmente controlado pelo Brasil.

“Hoje, pela primeira vez, fizemos uma comunicação via nosso Satélite, o satélite brasileiro que está a 36 mil quilômetros daqui”, comemorou o ministro. “Esse Satélite é fundamental porque é o primeiro que, na história, é totalmente operado por brasileiros, e que conta com criptografia totalmente verde e amarela”, destacou Raul Jungmann, lembrando que o SGDC conta ainda com uma banda KA, que levará internet para as regiões mais afastadas do País.

Lançado em maio deste ano, o SGDC, que terá uma vida útil de 18 anos, é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolveu investimentos da ordem de R$ 2,7 bilhões. O satélite terá a função civil de levar a banda larga a todo território brasileiro, permitindo maior inclusão social e, na área militar, de assegurar soberania e aumentar a capacidade operacional.

Fotos: Sargento Johnson Barros / Agência Força Aérea

¹Assessoria de Comunicação Social (Ascom) – Ministério de Defesa

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