Às vésperas da Copa do Mundo, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (EMCFA), General-de-Exército José Carlos de Nardi, fala sobre o esquema de segurança para o Mundial no âmbito do Ministério da Defesa, no Fórum Empresarial de Defesa e Segurança da FIRJAN, nesta quinta-feira (20MAR14), às 14hs, na Av Graça Aranha, nº1/13º andar, no Centro.
No encontro, será lançado o Comitê Aeroespacial Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, que é o pontapé inicial para as pretensões do Rio de Janeiro de ser o novo polo da indústria aeroespacial no Brasil.
De acordo com o coordenador do Fórum de Defesa e Segurança, Carlos Erane de Aguiar, o Rio oferece as condições adequadas para ser o elo estratégico da política de difusão do conhecimento aeroespacial brasileiro. "A escolha do caça sueco Gripen NG para renovar a frota da Aeronáutica não só deu a largada na busca de empresas ligadas a esse setor, mas abre uma grande perspectiva de o Rio vir a ser um novo polo da indústria aeroespacial", diz Carlos Erane.
Ele explica que o Rio reúne as condições necessárias para o crescimento do que o setor chama de MRO (manutenção preventiva, revisão geral, e manutenção corretiva), com destaque para o aumento de voos comerciais e internacionais, voos exclusivos, e o apoio ao setor de petróleo e gás, especialmente helicópteros.
Apesar de os caças serem suecos, 80% da estrutura das aeronaves terão de ser fabricadas no Brasil (partes relevantes do processo como ensaios, testes e homologação).
O Rio possui 19 empresas (5,71%) do setor no País. Em que pese o número pequeno de empresas do setor aeroespacial – cerca de 80% delas estão em São Paulo, especialmente na região de São José dos Campos -, o Rio, segundo Carlos Erane, congrega pontos fortes para formar um novo polo aeroespacial no Brasil, e ele enumera:
– Proximidade com a base aérea do Galeão;
– Base Aérea de Santa Cruz (melhor base do País, hoje subutilizada);
– Pista de teste no Campo dos Afonso e de um aeródromo capaz de receber os módulos fabris, em Nova Iguaçu;
– Localização ideal para a defesa do mar territorial, onde se concentra a maior produção de petróleo e gás do Brasil;
– Posição no nível do mar reduz consumo de combustível e oferece menor custo;
– Proximidade com o laboratório de aferição da Aeronáutica, no Caju;
– Criação de um sistema de centros integrados de desenvolvimento tecnológico e inteligência. com polo navipeças e o cluster subsea;
– Utilização da expertise do Centro Tecnológico da UFRJ, um dos mais importantes da América Latina, para implantação de cursos de engenharia aeroespacial;
– O setor, que atualmente emprega, 25 mil profissionais, registrará uma forte demanda. Pelas projeções, até 2020 serão criados 48 mil novos postos de trabalho, número que chegará a 60 mil, em 20130.