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Equipe da FAB que realizou evacuação aeromédica de militar brasileiro em missão no Sudão do Sul é recebida na Defesa

Major Sylvia Martins

Na manhã desta sexta-feira (28), o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, recebeu a equipe especializada da Força Aérea Brasileira (FAB) que concluiu, em 23 de junho, a evacuação aeromédica de militar do Exército Brasileiro repatriado da Missão das Nações Unidas na República do Sudão do Sul (UNMISS).

O Capitão Luimar José da Silva Junior retornou ao Brasil devido a um quadro de trombose aguda com risco de agravamento e, hoje, encontra-se estável em hospital militar.

Dez militares, representantes da equipe, entre pilotos, tripulação e enfermeiros, estiveram no Ministério da Defesa até o período da tarde, quando, em cerimônia interna, foram também cumprimentados por autoridades da Pasta, em ato simbólico de agradecimento e demonstração da interoperabilidade entre as Forças Armadas na execução da missão. Resumidamente, durante o evento, o Chefe da Subchefia de Operações de Paz do MD, General de Divisão Rolemberg Ferreira da Cunha, descreveu as coordenações feitas entre o Ministério da Defesa, a ONU e as Forças Armadas para que todos os requisitos de evacuação previstos fossem cumpridos, de forma a atender a urgência do caso. “Era preciso trabalhar juntos para resolver o problema”, destacou.

As tratativas referentes a necessidade de repatriação e acompanhamento de saúde do militar do Exército em missão da ONU envolveram a Chefia de Operações Conjuntas do MD, o Comando de Operações Terrestres (EB), e se estenderam aos contatos necessários com o Conselho Militar da Missão Permanente do Brasil junto à ONU, além das ações realizadas pelo componente brasileiro na área da UNMISS.

Em especial, o Chefe de Logística e Mobilização do MD, General de Exército Laerte de Souza Santos, presente à cerimônia, agradeceu ao Tenente Brigadeiro do Ar Baptista Junior, Chefe de Operações Conjuntas, pela solução de apoio da FAB, tendo em vista a necessidade de garantir a volta do integrante da Força em boas condições. “Gostaria de agradecer em nome do Exército Brasileiro à Força Aérea, e a esses militares da tripulação, que mantiveram, em trajeto bem longo, as boas condições do militar”, ressaltou.

Ao final, dirigindo-se à equipe da FAB presente, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Brigadeiro Raul Botelho, levantou os principais aspectos (cenário, contexto, trâmites) da operação de evacuação, para reforçar a importância do preparo e emprego das Forças, de forma integrada, com o profissionalismo esperado de cada um. “Ações interligadas, integradas, de apoio mútuo, de conhecimento mútuo, são realizadas para que ao final se obtenha o resultado que se espera”, afirmou o Brigadeiro Botelho, para lembrar que houve o sentido de interoperabilidade no cumprimento da Missão.

Evacuação Aeromédica

A evacuação aeromédica do Capitão Luimar foi decidida em cronograma de ações que se sucederam após sua baixa, em 4 de junho, no Hospital Nível 2 Plus da ONU, na cidade de Juba, Sudão do Sul, com o início do tratamento de um quadro de trombose aguda no joelho direito. 

Após avaliação de médicos especialistas do Exército Brasileiro e a autorização da ONU, foi realizada a sua transferência para Hospital de Nível 3, na cidade de Kampala, Uganda. De lá, a recomendação foi que, repatriado, seu retorno fosse monitorado por equipe médica especializada, devido ao risco de agravamento do quadro, podendo resultar em falecimento do militar se o deslocamento não fosse em condições apropriadas.

A partir de então, o Ministério da Defesa, por meio da Chefia de Operações Conjuntas, solicitou o apoio de aeronave da FAB para executar a evacuação do militar. Uma aeronave VC-99, do Grupo de Transporte Especial (GTE), com 5 tripulantes e 3 especialistas do Hospital da Força Aérea de Brasília (HFAB) decolou no dia 21 de junho em direção à Uganda. No dia 23, a missão foi concluída na chagada ao Rio de Janeiro, com a recepção do Cap Luimar por equipe do Hospital do Exército.

“Nós temos uma equipe totalmente preparada para este tipo de missão”, afirmou o Tenente da FAB William Moslaves, enfermeiro que fez parte da tripulação. Ele explicou que após o acionamento, é realizado o deslocamento com equipamento de UTI Aérea do HFAB, com a aeronave preparada para alguma intervenção médica do paciente. Durante toda rota, o militar enfermo foi monitorado pela equipe de bordo.

O Capitão Oliveira Lima, um dos pilotos da missão, esclareceu que a preparação da equipe é fundamental, inclusive o planejamento para conseguir fazer toda rota com segurança. “A gente mantém disponível um avião preparado tanto para fazer UTI aérea como transporte de órgãos”, disse Oliveira. “A satisfação é do dever cumprido, porque uma vida não tem preço”, complementou.

No total, 7 pilotos, 2 mêcanicos, 1 médica e 2 enfermeiros integraram a missão. Mil vidas já foram salvas pela equipe de UTI aérea da FAB desde 1993. 

Fotos: Alexandre Manfrim/ ASCOM MD

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