Uma operação das Forças Armadas brasileiras nas fronteiras com o Peru e a Bolívia nas últimas duas semanas serviu para testar novos equipamentos de detecção de material radioativo, além dos novos aviões não tripulados, informou em 24 de outubro o Ministério da Defesa.
A Operação Ágata 6 foi encerrada no início desta semana com a apreensão de 3,7 toneladas de drogas, além de 67 veículos e 201 embarcações, segundo uma nota divulgada pelo ministério.
Participou da operação o Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Exército, que patrulhou os rios do Pantanal, uma gigantesca área inundável com valiosa biodiversidade, no estado de Mato Grosso do Sul (centro-oeste do Brasil).
“O objetivo da operação foi testar os novos equipamentos de detecção de material radioativo nas embarcações que navegam nessa região”, informou o ministério.
“O controle destes tipos de ilícitos é fundamental para a segurança pública e da natureza. Caso haja contaminação, a biodiversidade pode ser prejudicada e a população contaminada”, declarou o Tenente Mauricio Ribeiro de Paiva Júnior.
Os militares informaram que nenhum componente prejudicial foi detectado.
Foram também usadas pela primeira vez na operação as novíssimas aeronaves não tripuladas, informou o ministério à AFP. Os dois veículos aéreos não tripulados de fabricação israelense serão utilizados para supervisionar as fronteiras do Brasil.
A Operação Ágata faz parte do plano estratégico lançado pela presidente Dilma Rousseff em junho de 2011, para a mobilização periódica nas fronteiras de contingentes militares apoiados por blindados, aviões e lanchas para surpreender os traficantes.
Em agosto encerrou-se a Operação Ágata 5, nos limites com Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, uma área de 3.900 quilômetros quadrados, envolvendo 17 mil militares. Em 15 dias as tropas detiveram 31 pessoas e apreenderam seis toneladas de drogas, segundo o Ministério da Defesa.
O Brasil compartilha 16 mil quilômetros de fronteiras, sendo 9 mil quilômetros fluviais, com Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela e Guiana Francesa.