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Entenda as diferenças entre as Operações Pantanal e Verde Brasil 2

Tenente Fraga

Diferentemente da Operação Pantanal, que visa combater as queimadas que atingem o bioma, a Operação Verde Brasil 2 tem como principal finalidade realizar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionadas ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio, na Amazônia Legal.

Operação Pantanal

Desde que a Operação Pantanal foi deflagrada, em 25 de julho deste ano, no Mato Grosso do Sul, foi montada uma base da operação na cidade de Ladário (MS), sob a coordenação do 6º Distrito Naval. De lá para cá, as Forças Armadas têm contribuído de forma significativa para os resultados positivos no combate aos focos de queimadas na porção sul-mato-grossense.

Já no estado de Mato Grosso, a força-tarefa começou a atuar em 7 de agosto e reúne esforços, além dos militares das Forças Armadas, dos Corpos de Bombeiros Militares de MS e MT, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Sesc Pantanal. Atualmente, o Centro de Coordenação da Operação está instalado no aeródromo do Serviço Social do Comércio (Sesc) Pantanal, em Poconé (MT), ponto estratégico para o emprego dos meios.

São utilizadas, na Operação, cinco aeronaves para combate a incêndios, que atuam em parceria com agências federais e estaduais. Por conta das queimadas na região, estão sendo empregadas duas aeronaves da Marinha (Esquilo e Super Cougar), uma do Exército (Pantera) e uma da Aeronáutica (Black Hawk), além do avião cargueiro C-130 Hércules.

Enquanto isso, o helicóptero Esquilo, da Marinha, está sendo operado em missões de reconhecimento, transporte de brigadistas e no combate direto aos incêndios, com um “bambibucket” – dispositivo de combate a incêndios que permite aos operadores dessas aeronaves chegarem mais perto do fogo a fim de despejar água e espuma de forma mais precisa.

Adicionalmente, a aeronave HM-1 Pantera, do Exército, está sendo usada no transporte de pessoal e no reconhecimento e levantamentos dos pontos de incêndio no Pantanal.

Operação Verde Brasil 2

A Operação Verde Brasil 2, deflagrada em 11 de maio de 2020, está sendo empregada nas ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais direcionadas ao desmatamento ilegal e focos de incêndio, na Amazônia Legal. A autorização para emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e para ações subsidiárias teve início em maio, com o prazo de 30 dias. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do Decreto Presidencial nº 10.421.

Além disso, as ações ocorrem na faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos Estados da Amazônia Legal. A missão desempenhada pelas Forças Armadas é desenvolvida sob coordenação da Vice-Presidência da República e em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública.

Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Amazônia (CCjA), Comando Conjunto Norte (CCjN) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da Força Aérea Brasileira, dá suporte às ações aéreas, em caráter permanente. Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas (COC), do Ministério da Defesa, coordena as atividades a partir da capital federal.

Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

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