O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta terça-feira (27), durante abertura da 4ª Mostra Base Industrial de Defesa BID-Brasil, que, mesmo com os ajustes econômicos que o País terá de enfrentar, não faltarão esforços de sua parte no sentido de criar mecanismos e oportunidades que assegurem o crescimento do setor.
Como ações concretas, e para um público composto por representantes das indústrias, das Forças Armadas, de forças de segurança – como polícia militar e bombeiros – e de adidos militares e representantes de embaixadas, o ministro citou o estudo de ações para aprimorar a "inteligência comercial" da indústria brasileira, tornando-a mais competitiva.
Além disso, o ministro destacou que foi criada dentro da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) uma área para cuidar especificamente da questão de financiamento e de garantias, considerada essencial para o setor. De acordo com ele, o tema vem sendo tratado no âmbito do governo com diversos órgãos, como Banco do Brasil e Secretaria do Tesouro Nacional.
O ministro também destacou o aperfeiçoamento de leis que regulam a comercialização de produtos de defesa e ressaltou a importância de envolver toda a sociedade brasileira no debate sobre a revisão dos documentos balizadores da Defesa: Livro Branco, Estratégia Nacional de Defesa e Política Nacional de Defesa. "Temos que ter um maior envolvimento da elite política do País e da sociedade como um todo com os assuntos de Defesa", disse o ministro, lembrando como essas publicações discorrem sobre a importância de qualquer nação ter uma Base Industrial de Defesa forte, sólida e independente. "Não existe Defesa sem Base Industrial de Defesa", completou o ministro.
O presidente da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Defesa), Frederico Cerqueira, destacou a importância da Mostra como excelente oportunidade de trazer o tema para o centro do País, junto de adidos militares de outros países.
Ele destacou ainda que os sucessivos grandes eventos realizados no Brasil nos últimos anos – Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 – exigiram da indústria brasileira de defesa e de sua capacidade interna de prover meios de Defesa.
O presidente da APEX-Brasil (Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos), embaixador Roberto Jaguaribe, destacou que o setor poderá continuar contando com os mais diversos mecanismos de apoio para enfrentar o momento econômico difícil do País.
Segundo ele, é preciso se buscar mecanismos inovadores sem deixar de investir na pesquisa, área fundamental para a indústria como um todo, mas, mais especificamente para a indústria de defesa.