O ministro Raul Jungmann reforçou hoje que as metas e os compromissos da Defesa na segurança dos Jogos Olímpicos estão em dia e que a Pasta está dando sua contribuição para o sucesso da competição. A declaração foi feita, no Palácio do Guanabara, durante reunião com o governador em exercício, Francisco Dornelles, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e o Comandante Militar do Leste, general Fernando Azevedo e Silva.
A primeira visita de Raul Jungmann ao Estado do Rio de Janeiro, após assumir a Defesa, teve como foco principal a preparação das Olimpíadas. “Concluímos hoje uma primeira visita ao Rio de Janeiro. Nesses dois dias pude conhecer de perto o andamento das obras e o caderno de compromissos da Defesa na segurança dos Jogos Olímpicos”, destacou o ministro.
No encontro, Beltrame anunciou que vai solicitar a colaboração do Ministério da Defesa durante os jogos. No momento está sendo realizado um estudo para determinar quais serão as áreas que receberão este apoio. “A Polícia Militar está vendo as regiões, vias e corredores aonde ela entende que precisará deste apoio”, explicou o secretário.
Ele acrescentou que o mapa dessas áreas deverá ser enviado ao governo do estado que encaminhará ao presidente da República. Jungmann ressaltou que o possível apoio das Forças Armadas no esquema de segurança de algumas vias do Rio de Janeiro depende das tratativas do governador e do presidente da República. ”O que podemos e reafirmamos é que recebida a determinação, nós iremos cumprir”, assegurou o ministro.
O governador em exercício, Francisco Dornelles, apoiou o comprometimento do ministro para garantir a segurança do Jogos. ”Recebi, com grande prazer, o ministro Raul Jungmann, por quem tenho imensa consideração, e fiquei satisfeito em constatar o seu empenho em desenvolver todos os esforços para garantir o sucesso das Olimpíadas”.
Jungmann: compromisso da Defesa com Jogos está em dia
Na manhã desta quinta-feira (18), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, visitou o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), da Marinha do Brasil, dentro da série de atividades voltada ao apoio dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, no Rio de Janeiro.
Ao acompanhar a apresentação sobre o Programa Olímpico da Marinha (Prolim), que beneficia cerca de 240 atletas de alto rendimento, e o treinamento de atletas do Programa Forças no Esporte (Profesp), o ministro Jungmann ressaltou que o grau de compromisso da pasta com os jogos está em dia. “Vamos empregar nas Olimpíadas 38 mil homens e temos, também, força de contingência para qualquer eventualidade.
Seja para os jogos, na sua regularidade, ou por necessidade que venha ocorrer, teremos militares deslocados de outros estados aqui presentes”, esclareceu o ministro. “O Rio está pronto e queremos fazer dos Jogos um marco para o reconhecimento do Brasil. Acredito que daremos grande contribuição para que os jogos ocorram com tranquilidade e paz", acrescentou.
No Cefan, o ministro Raul Jungmann percorreu as instalações esportivas e as áreas que serão locais oficiais de treinamento dos Jogos Olímpicos. O centro é um dos lugares de treinamento das Forças disponibilizados pelo Ministério da Defesa para a preparação dos atletas militares e civis para Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e que ficarão com legado para atletas brasileiros. “Numa política extremamente acertada, o Ministério da Defesa e as Forças desenvolveram programas de inclusão e de promoção de nossos atletas, e o resultado tem contribuído para que o Brasil se transforme numa potência olímpica e militar olímpica”, destacou.
O ministro salientou, ainda, que a concepção desses programas traz uma contribuição inestimável. “Foi emocionante ouvir os testemunhos de jovens que estão tendo oportunidade de mostrar talento em nome do Brasil”, declarou. Parceria dos ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Profesp atende 279 alunos no Cefan e, até junho, serão 350. As obras de construção do ginásio para treinamento de equipes olímpicas de levantamento de peso devem ficar prontas em junho. Atualmente, 60 atletas dessa categoria treinam no ginásio do Cefan.
O objetivo é também que o local seja o primeiro na América Latina a ter um ginásio específico voltado ao treinamento dessa categoria. A estrutura recebeu recursos do Ministério do Esporte e poderá sediar competições nacionais e internacionais.
O Cefan também fechou parcerias individuais durante os jogos, a exemplo do time olímpico de atletismo da Jamaica. O país caribenho destaca-se por ter como estrela o velocista Usain Bolt. Igualmente, irão se aclimatar no centro da Marinha as equipes de boxe de Cuba, judô de Portugal, pentatlo moderno da Coreia do Sul, futebol feminino da Nova Zelândia e de atletismo, luta livre e taekwondo de Porto Rico.
Durante a competição, o Cefan será a base das equipes estrangeiras de futebol, voleibol e polo aquático e, ao término da competição, a estrutura ficará como legado para atletas brasileiros. Além do Cefan, também estão sendo utilizados o Centro de Capacitação Física do Exército (Ccfex) e a Universidade da Força Aérea (Unifa), em Campo dos Afonsos.
Segurança nos Jogos
Sobre a organização dos Jogos, o ministro enfatizou a relevância do retorno da área de inteligência para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandada agora por um ministro. “Isso é muito importante, porque dá autoridade, abrangência e uma capacidade de interlocução que a GSI anterior não possuía”, enfatizou.
Outra inovação para a segurança dos Jogos citada por Jungmann é a confecção de um Centro de Inteligência com a participação de 60 países. “Nós teremos inteligência de todo mundo compartilhada conosco para que possamos ter as Olimpíadas com segurança e paz”, apontou. Ainda pela manhã, o ministro realizou um sobrevoo nas áreas em que serão realizados os Jogos Olímpicos Rio 2016. No período da tarde, Jungmann esteve na reunião do Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional sobre a participação da defesa nos Jogos Olímpicos.
O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que pedirá reforço militar para atuar em determinados locais durante as Olimpíadas. "Vamos pedir apoio de militares das Forças Armadas no patrulhamento de determinados pontos da cidade.” Ele disse ainda que vai mapear as áreas com apoio das polícias Civil e Militar. "A solicitação de forças externas é para que se liberem os nossos policiais para cuidar também do Estado, do cidadão e do turista”, explicou.
Um contingente integrado entre as Forças Armadas, o Ministério da Justiça, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e órgãos de segurança ligados aos governos estaduais e municipais irá trabalhar para garantir a segurança do maior evento já realizado na América do Sul. Os militares atuarão durante as competições no Rio de Janeiro e nas cidades que receberão as partidas de futebol: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
Cerca de 20 mil desses militares ficarão no Rio de Janeiro, divididos entre as quatro regiões olímpicas: Copacabana, Maracanã, Barra da Tijuca e Deodoro. Coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança do Rio, a reunião contou com a presença de representantes do Ministério da Justiça, da Coordenação Geral de Defesa Aérea, da Abin, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, além do comandante militar do Leste, general Fernando Azevedo e Silva.
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)
Localizado na Cidade Nova, no centro do Rio, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) será o núcleo da segurança dos Jogos na capital fluminense. O CICC funciona normalmente com foco na rotina da Região Metropolitana. São 1.200 pessoas trabalhando por dia no local com nove instituições, além de serviços de atendimento, como o SAMU, 190 e 193. O CICC conta com representantes de órgãos do município, do estado e do governo federal. O centro integrado é um legado para o Estado já incorporado à rotina das forças de Segurança e Defesa Civil e continuará funcionando após os Jogos Olímpicos.
O ministro Raul Jungmann se reuniu com o prefeito Eduardo Paes também para tratar das olimpíadas. O prefeito assegurou que todas as obras serão entregues no prazo e os investimentos foram feitos com planejamento e orçamento adequados. “O Estádio Olímpico de Londres sozinho custou mais do que todas as nossas arena juntas. O apoio das Forças Armadas é desejado e importante para a cidade do Rio de Janeiro”, disse.