O Ministério da Defesa acionou as Forças Armadas para que empregassem aeronaves e militares em apoio a brigadistas que combatem incêndio florestal na região da Serra Fina, Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira. A solicitação foi encaminhada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no sábado (18).
O uso de aviões e helicópteros de maior potência operacional é essencial devido às grandes altitudes da região, cerca de 2,7 mil metros acima do nível do mar e que se estende por três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Assim, a partir deste domingo (19), as Forças Armadas disponibilizaram aeronaves para o transporte de brigadistas até os pontos de combate, tanto para chegarem até o local quanto na retirada deles ao fim do turno de trabalho.
Estão envolvidos na missão helicópteros da Marinha e do Exército, e um avião C-130 Hércules, da Força Aérea, equipado com o Sistema Aéreo Modular de Combate a Incêndio, o Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS). De acordo com o Coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, João Morita, o apoio das Forças de Defesa "tem sido primordial para melhor efetividade das ações".
Além do ICMBio, diversas instituições dos estados de São Paulo e Minas Gerais atuam na operação, com o emprego de brigadistas e aeronaves. O incêndio teve início na quinta-feira (16). Até o momento, foram atingidas as vertentes paulistas e mineiras. Há a possibilidade de chegar em área no território do Rio de Janeiro. Porém, o Coordenador Morita avalia que as chamas estão quase controladas.
Comando de Aviação do Exército combate incêndio na Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais e São Paulo¹
O Comando de Aviação do Exército (CAvEx), por meio do 2º Batalhão de Aviação do Exército, empregou, na manhã de 19 de julho, dois helicópteros (01 HM-1 Pantera e 01 HM-3 COUGAR), em apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), nas ações de combate ao incêndio na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira. As ações estão concentradas, especialmente, na região conhecida como Pedra da Mina, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
O incêndio começou no território mineiro e se alastrou, atingindo, na sequência, a área de São Paulo, uma região de difícil acesso, cujo tempo para se chegar pode ser de até dois dias de caminhada.
As aeronaves da Aviação do Exército irão aumentar a capacidade de infiltração e exfiltração da equipe de brigadistas nas regiões de difícil acesso onde ocorrem os focos de incêndio. A versatilidade, os diversos equipamentos embarcados e a grande capacidade de transporte de pessoal das aeronaves contribuirão para a redução no tempo de combate ao incêndio e na segurança do pessoal envolvido na operação.
No momento, os militares e as aeronaves atuam em coordenação com os demais órgãos envolvidos na Base de Operações, incluindo integrantes da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, na cidade de Itamonte (MG).
¹com Agência Verde-Oliva / CCOMSEX