A China atacou o plano do governo japonês de aumentar os gastos militares nos próximos cinco anos, com o objetivo, segundo Tóquio, de comprar armamento defensivo para territórios insulares. Em comunicado divulgado nessa sexta-feira pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Geng Yansheng, a medida é um pretexto para uma expansão militar.
“A China opõe-se firmemente às ações do Japão”, diz a nota do Ministério chinês, de acordo com a agência estatal Xinhua. Geng Yansheng afirmou que os documentos apresentados pelo Japão usam uma suposta “ameaça militar chinesa” para aumentar a tensão na região, além de servir para expandir seu poder militar.
Por um lado, o Japão reivindica o status de país pacifista, e adere a uma política defensiva, sem pretender ser uma potência militar. Por outro lado, diz o porta-voz chinês, o governo nipônico está “promovendo” um “pacifismo proativo”.
Geng Yansheng afirmou que enquanto o Japão declara que respeita a liberdade, democracia e os direitos humanos, ao mesmo tempo nega repetidamente seu passado de agressões durante a 2ª Guerra Mundial, além de questionar a ordem mundial após o conflito e “ferir os sentimentos” das vítimas da guerra em outros países.
“Nós insistimos para que o Japão faça uma profunda introspecção em sua história, honre seu compromisso com um desenvolvimento pacífico, e tente melhorar suas relações com os vizinhos asiáticos com ações concretas, para desempenhar um papel construtivo na garantia da paz e estabilidade regional”, completou o funcionário do Ministério da Defesa chinês.
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