Susete Sampaio
Um estudo das Nações Unidas sugere que o Brasil é um dos países emergentes que mais sofrem ataques cibernéticos. A informação foi dada numa reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, na sexta-feira.
De acordo com o órgão, as nações em desenvolvimento são as que mais enfrentam riscos em ações de hackers e outros criminosos online.
6 Bilhões de Celulares
Durante o Fórum Especial sobre Segurança Cibernética e Desenvolvimento, os participantes debateram formas de controlar os ataques em níveis nacional e internacional. O número de crimes tem aumentado com a ampliação do acesso à internet e outras tecnologias da informação.
Dados da União Internacional das Telecomunicações, UIT, revelam que o mundo tem 6 bilhões de celulares. Mais de 2,3 bilhões de pessoas têm acesso à rede mundial de computadores.
No início de 2011, mais de 75 milhões de brasileiros estavam online.
Crimes e Ferramenta
Ao mesmo tempo em que a ferramenta pode ser usada para o desenvolvimento, os crimes na internet também travam os avanços de países em desenvolvimento ao impactar sistemas bancários e financeiros e até mesmo bases de dados de governos.
O presidente do Ecosoc, Lazarous Kapambwe, afirmou que os ataques cibernéticos devem ser prevenidos. Segundo ele, não são só os prejuízos econômicos, mas também problemas nacionais e até conflitos que são gerados por esse tipo de crime.
Lavradores
Kapambwe lembrou que na África, os celulares são o modo de telefonia mais usado. Ja na Ásia, os aparelhos beneficiaram a vida de pessoas que vivem em áreas remotas, principalmente lavradores e agricultores.
De acordo com as Nações Unidas, o combate ao crime cibernético deve ser feito em conjunto por governos, setor privado e sociedade civil.
Além do Brasil, Rússia, China e Índia também estão entre os emergentes que mais sofrem com ataques de hackers e criminosos online.