MIAMI, Flórida – O presidente brasileiro Jair Bolsonaro visitou o Comando Sul dos EUA (US SOUTHCOM), em 08MAR2020, para se reunir com o almirante da Marinha dos EUA Craig Faller, além de outros líderes do comando e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A visita histórica de Bolsonaro marca a primeira vez que um presidente brasileiro visita o Comando Sul dos EUA.
Os líderes discutiram a crescente parceria de cooperação em defesa entre o Brasil e os EUA.
“Foi uma honra receber o presidente Bolsonaro e a distinta delegação do Brasil em nossa sede e falar com ele sobre os crescentes laços de defesa entre nossas nações”, disse o almirante da Marinha dos EUA Craig Faller. “O Brasil é um dos nossos mais fortes parceiros democráticos no hemisfério. Valorizamos nossa parceria de longa data com as forças armadas do Brasil e esperamos tomar novas e importantes medidas para expandir nossa cooperação militar.”
Enquanto Bolsonaro estava na sede, os EUA e o Brasil assinaram um acordo bilateral em projetos de desenvolvimento de pesquisa, teste e avaliação que ampliará as oportunidades para os dois países colaborarem e compartilharem informações sobre o desenvolvimento de novas capacidades de defesa.
O acordo abre caminho para uma possível cooperação futura em pesquisa aplicada, desenvolvimento de tecnologias emergentes, análise, estudos operacionais, demonstrações e teste e avaliação de protótipos.
During @jairbolsonaro visit to #SOUTHCOM today, the U.S. & Brazil signed a bilateral Agreement on Research Development, Test & Evaluation Projects that will expand opportunities to collaborate on new defense capabilities. @EmbaixadaEUA @DefesaGovBr @thejointstaff @USAemPortugues pic.twitter.com/ptoylzPlA7
— U.S. Southern Command (@Southcom) March 8, 2020
As forças armadas dos EUA e do Brasil desfrutam de laços duradouros, e a cooperação de defesa entre elas inclui uma ampla gama de atividades de parceria, como exercícios, treinamento, contra-proliferação e cooperação antidrogas, assistência humanitária, visitas recíprocas, intercâmbio de pessoal e compartilhamento de informações e conhecimentos.
Na sede SOUTHCOM, na Flórida, dois militares brasileiros seniores integram a equipe do comando, cuja inestimável experiência, conselhos e ideias apoiam a cooperação de segurança do comando com as nações parceiras da região.
Em 2019, o Brasil sediou as fases atlântica e anfíbia da UNITAS, o exercício multinacional de segurança marítima mais antigo do mundo. Os EUA patrocinam a UNITAS há seis décadas e o Brasil está entre as nove nações que participaram da primeira iteração do exercício em 1960.
No início do ano, o Brasil assinou uma declaração de parceria com a Guarda Nacional de Nova York, juntando mais de 80 países participantes do Programa de Parceria Estatal com os EUA.
Em outra iniciativa de parceria, a Marinha do Brasil recebe médicos da Marinha dos EUA a bordo de navios hospitalares da Marinha do Brasil durante missões médicas fluviais. As missões ajudam os médicos a adquirir experiência e conhecimento vitais em medicina tropical, enquanto tratam centenas de pacientes em condições austeras exclusivas da Amazônia.
Os profissionais médicos brasileiros ajudaram a tratar e cuidar de pacientes quando o navio-hospital USNS Comfort da Marinha dos EUA foi implantado na região para missões de assistência médica em 2018 e 2019.
As contribuições do Brasil para a segurança global datam de mais de um século. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil apoiou operações navais aliadas no Atlântico e enviou uma força expedicionária para a Itália. Na Primeira Guerra Mundial, as forças armadas do Brasil realizaram operações de comboios e patrulhas de segurança com nações aliadas.
Hoje, o legado das forças armadas brasileiras como parceiro de segurança comprometido continua a crescer à medida que assume novas funções de liderança, promovendo a cooperação em segurança, desenvolvendo capacidade regional e apoiando a segurança e a estabilidade no Hemisfério Ocidental e além.
O SOUTHCOM é um dos seis comandos unificados com foco geográfico do país, com responsabilidade pelas operações militares dos EUA no Caribe, América Central e América do Sul, além de cooperação de segurança com as forças de defesa e segurança pública na região.